Produto se consolida por valor estético e social
A 12º edição do Calendário da Fapeal foi lançada nesta sexta (30/1), no auditório da Fundação. Em solenidade que reuniu representantes do Estado e da academia, o produto se consolida como um dos meios mais significativos e autênticos para a preservação da cultura em Alagoas.
Há mais de uma década, o calendário segue o princípio de fortalecer a identidade alagoana através do resgate histórico. Com o tema “A presença Indígena em Alagoas”, a edição 2015 traz visibilidade a mais uma das minorias silenciadas no processo de formação do país, a exemplo da edição de 2013, que se voltou para a herança afro-brasileira.
Relevância
Das 12 pesquisas que geraram os calendários, integralmente financiados pela Fapeal, dez já se tornaram livros publicados. O trabalho é tão relevante que entidades como a Gráfica do Senado Federal, a Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, e o Sebrae garantem os recursos financeiros para sua publicação em volumes.
“Nós aprendemos a história dos povos que formaram Alagoas através de livros escritos no Sul e Sudeste. Agora estamos podendo mudar isso”, declara o professor Douglas Apratto, coordenador do projeto desde o início.
Impacto acadêmico
Para o economista Cícero Péricles, um dos pesquisadores presentes ao evento, o acervo de Alagoas ainda carece de referências e informações, com uma produção que é frágil na retomada de temas históricos, científicos e sociais. “Quando uma instituição de fomento como a Fapeal toma a inciativa de apoiar por mais de uma década um projeto que tem como temática a história, a cultura e o social, evidentemente ele é muito bem-vindo para todos nós”, comenta.
O presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, garantiu a continuidade do projeto. Coordenaram os estudos, além de Douglas Apratto, os professores Jorge Vieira, do Cesmac, e Jairo José Campos da Costa e Clébio Correia de Araújo, da Uneal.
O primeiro lançamento do calendário ocorreu na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em Arapiraca, no dia 14 de janeiro.