Com apoio da Fapeal, Programa PELD possibilitará a pesquisadores desenvolver estudos na área de proteção ambiental
De forma efetiva, Alagoas aporta recursos para um projeto que visa a criação de uma cultura alagoana de preservação. A Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) é um programa internacional que será operacionalizado pela primeira vez no estado através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal).
Uma pesquisa que terá a duração de quatro anos recebeu o montante de R$1 milhão, fomentado em parceria pelo British Council, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), sendo R$200 mil oriundos do Governo do Estado, através da Fapeal.
Parte do grupo aprovado apresentou nesta sexta, 17, a proposta que será desenvolvida na Área de Proteção Ambiental (APA), capitaneada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), envolvendo 52 pesquisadores e diversas instituições parceiras, federais e internacionais.
Os gestores da Fapeal e de órgãos como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), puderam informar-se acerca do programa que é voltado, neste caso, ao ecossistema da Costa dos Corais que percorre o litoral de Alagoas à Pernambuco.
“Nosso objetivo é monitorar toda a parte ecológica da Costa dos Corais alagoanos, aumentando a capacitação local, empoderando os fatores sociais, e trabalhando o ecoturismo da mesma forma”, cita Ana Malhado, pesquisadora da equipe.
A especialista menciona ainda que o projeto trabalha com características específicas como a minimização das ameaças – turismo e pesca desordenados, mudanças climáticas – evitando-se a perca de litoral, através de dados sobre espécies ameaçadas de extinção, entre outros aspectos do ecossistema.
O Programa
O PELD vem reforçar a criação de uma cadeia de conhecimento sustentável no estado, pois viabiliza no país uma rede equipada com 32 sítios de pesquisa interligados, produzindo informações conjuntas. O propósito é conservar a biodiversidade existente analisando os impactos naturais e humanos para prospectar soluções científicas.
Estudando os diversos biomas e ecossistemas brasileiros, este conhecimento é repassado e as disfunções podem ser reduzidas ou até recuperadas. Este olhar não apenas preserva como contribui para alavancar as potencialidades regionais, como na expansão do turismo, gastronomia, comércio, e etc.
“O programa existe no Brasil desde 1996, e funcionará em Alagoas com o apoio da Fapeal, IMA e Semarh com a finalidade de monitorar, avaliar e qualificar as mudanças e as necessidades ambientais”, frisa Fábio Guedes, diretor-presidente da fundação.
A sua execução mobilizará pesquisadores desde a iniciação científica à pós-graduação, em funções de colher amostras, estudar os agentes envolvidos nos processos biológicos e analisar em contexto os fatores confluentes na biodiversidade da Costa dos Corais.