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Empresas alagoanas fecham ciclo de desenvolvimento de produtos inovadores

Seminário de avaliação final reuniu gestores e empresários apoiados pela Fapeal para a criação de produtos e serviços de inovação e tecnologia

Auditório do Sebrae. Fotos: Tárcila cabral

Impacto, repercussão e dinamismo. todos esses elementos se uniram para compilar os produtos de 11 micro e pequenas empresas apoiadas com investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). O edital Tecnova lançado em 2013 numa parceria junto a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aportou cerca de R$ 8 milhões em soluções inovadoras no âmbito empreendedor.

O programa Tecnova desenvolveu-se nos últimos cinco anos. Com o término desta edição, o programa tratou de avaliar os impactos de produtos e serviços tecnológicos, que competem não só no cenário local, mas a nível nacional e internacional. A manhã da última terça-feira (13) reuniu os beneficiados, diretores e assessores do edital num seminário de avaliação.

Segundo a assessora científica de Projetos Especiais e Inovação da Fapeal, Juliana Khalili, os resultados cumpriram as exigências do edital e transformaram de fato os métodos em suas organizações: “Todas as empresas que finalizaram o Tecnova ultrapassaram as expectativas do edital, foram produtos inovadores ou processos técnicos que certamente irão contribuir para o desenvolvimento da nossa região”, cita a mestre em ciência política.

O desenvolvimento dos projetos do Tecnova foi uma tarefa árdua, mas não solitária. As empresas puderam contar com o apoio e visitas de acompanhamento técnico de suas ações durante todo o processo – incluindo-se os seminários de avaliação – por parte da equipe da Fapeal.

Apesar de a maioria dos projetos aprovados englobarem a área de Tecnologia da Informação, atrelando suas criações a softwares, há ainda a utilização destes recursos com aplicações científicas, de comércio e nos alimentos nutracêuticos. Empresas como a Hand Talk, premiada mundialmente pelo seu empreendedorismo social, a Apícola Fernão Velho de investimentos pioneiros na Própolis Vermelha de Alagoas, ou até mesmo a Parisotto, com a tendência do reaproveitamento de materiais para confecção de bolsas, reúnem todas uma mesma habilidade, o olhar diferenciado sobre o mercado, o chamado feeling.

Não é comum a todos entender o que o cliente e o mercado anseiam. Porém, as empresas vinculadas ao Tecnova desenvolveram respostas inovadoras e eficazes tanto para os problemas apresentados pelo meio, quanto para o crescimento desses empreendimentos, que aplicaram inovação para se reinventarem.

Qualificando estes resultados estiveram presentes representantes das instituições gestoras do Tecnova  – Fapeal, Secti, Fiea e IEL –  que forneceram suporte e atenção aos requisitos do programa durante sua evolução. Os representantes do Finep permaneceram em contato direto durante a gestão dos projetos.

O gerente do Departamento de Produtos Financeiros Descentralizados e o Gerente do Departamento de Fomento à Interação entre as Ciências Aplicadas e as Áreas de Inovação da Financiadora, Richard Corrêa e Marcelo Camargo, respectivamente, reafirmaram o êxito do edital.

“Porque investimos neste setor? Porque o empreendedorismo faz a diferença, a inovação para um país como o Brasil é uma ferramenta de combate à desigualdade sim, pois assim é possível trazer para pessoas que não tem acesso produtos de valor agregado maior, com tecnologias mais avançadas, a um custo menor, já que é desenvolvido aqui e então não precisamos pagar royalties ao capital estrangeiro”, frisa Richard Corrêa.

Os gestores da Finep acenaram a renovação do Tecnova Alagoas em 2019. Atualmente, a Fapeal está incentivando projetos inovadores através do edital PPG Empresa, que possibilita o desenvolvimento de mestrados e doutorados como solução de problemas para uma empresa.

O Sebrae deve ser um dos parceiros tanto do Tecnova 2 quanto do ainda inédito em Alagoas programa de inovação Centelha, já pré-aprovado pelo Finep e que também deve ser lançado pela Fapeal em 2019.