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Fapeal e Sesau concluem oficina de prioridades do PPSUS

Nesta semana, pesquisadores discutiram os temas a serem trabalhados no próximo edital, que aportará R$ 4 milhões para pesquisa em saúde pública

Tárcila Cabral

Abertura da Oficina

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas promoveu, nos últimos dias 5 e 6, oficinas de prioridades para elencar temas de estudo no Sistema Único de Saúde (SUS). Através do edital Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), a Fapeal tem direcionado esforços na diminuição das lacunas de pesquisa em conjunto com os estudiosos locais e gestores públicos da saúde. A finalidade deste modelo é suprir as demandas acadêmicas e práticas do SUS. O programa chega, agora, a sua sétima edição.

Preenchidos com painéis e linhas de pesquisa, foi feita uma avaliação atenta do comitê gestor do programa em Alagoas, composto pela Fapeal e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), através de uma articulação nacional com o Ministério da Saúde (MS). O órgão federativo aporta a estrutura do programa, na qual as instituições parceiras estaduais operacionalizam o seu escopo.

Os debates que movimentaram o auditório do Campus I do Centro Universitário Cesmac constituíram produções de análise em cinco eixos temáticos no âmbito da saúde. Os temas são argumentados a partir de dois pontos de vista: a experiência de pesquisa e a realidade pública de atendimento à população. Juntos, estes quesitos devem passar pelo crivo do MS e, uma vez liberados, elaboram as áreas a serem estudadas no próximo edital.

Os cinco eixos de discussão abordados nas oficinas consistiram em: Epidemiologia, promoção e acesso à atenção primária em saúde; Regulação, controle e avaliação em saúde; Vigilância das doenças transmissíveis e não transmissíveis; Fortalecimento das redes da atenção à saúde e Saúde do trabalhador e educação permanente.

Juliana Khalili, assessora científica de projetos especiais e inovação da Fapeal, diz que a chamada tem auxiliado no complemento e aperfeiçoamento dos serviços de saúde ofertados no estado. Ela frisa que ao longo dos quase 20 anos de existência do PPSUS em Alagoas, foram diversas as contribuições:

“Nós temos pesquisas excelentes que se destacaram em meio às 137 propostas apoiadas pelo edital. Possuímos estudos de alto impacto, como o de câncer bucal, esquistossomose, Zica vírus. Um dos projetos, inclusive, sobre fendas orais palatinas, ganhou uma premiação nacional de inovação no SUS, em 2017”, citou a assessora.

Demonstrando um apoio sistemático, o programa em 2020 receberá um incremento em 100% do seu orçamento. Isso ocorre devido à eficiência de sua condução no estado, que permitirá aportar para Alagoas R$ 4 milhões em pesquisas para o SUS. Segundo o técnico da Gerência de Ciência e Tecnologia da Sesau, Tobias Barreto, a atuação conjunta entre Sesau e Fapeal foi importante para este ganho; o desempenho das instituições permitiu a associação de atividades.