Governo quer fortalecer economia criativa local com elementos tradicionais do patrimônio histórico afro-brasileiro
Gestores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e da Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) começaram a delinear um projeto para inserção de ações voltadas à economia criativa em comunidades quilombolas. A ação está em sintonia com a atual postura do Governo de Alagoas, que passou a ocupar efetivamente seu lugar no Conselho Gestor do Parque Quilombo dos Palmares.
A expertise técnica sobre o tema ficou a cargo do professor Elder Maia, doutor em Sociologia com ênfase em Cultura, que se empenha ativamente em projetos direcionados aos movimentos afrodescendentes.
A reunião, sediada na Fapeal, teve como principal tema a prospecção de subsídios para a estruturação de uma economia criativa local, com elementos tradicionais do patrimônio histórico afro-brasileiro e alagoano em seu panorama. O professor Elder Maia trouxe propostas de projetos voltados a trabalhos de articulação na organização econômico-financeira e de resgate dessas matrizes africanas.
Neste âmbito, as pesquisas e ações a serem articuladas devem consolidar raízes históricas e culturais presentes em Alagoas, mas ainda pouco exploradas. As teses buscam articular a identidade cultural dos quilombos, que convergem na formação de um caráter alagoano autêntico e fortalecido.
Explorar as manifestações culturais deve possibilitar à Fapeal e Secti nortear múltiplos objetos de pesquisa em possível chamada pública à comunidade acadêmica.
Discutiram-se editais voltados a este viés, para valorização do Patrimônio Cultural e de viabilização na integração da comunidade afro-brasileira à sociedade alagoana.
As instituições representadas se propuseram a reunir esforços na confecção de um projeto, com o propósito de agir em prol da desmistificação das concepções estabelecidas no curso de uma trajetória de discriminação.