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Apoiada pela Fapeal, plataforma de educação em ambiente virtual é premiada

Ideia disponibiliza sistemas interativos de realidade virtual e inova o cenário alagoano criando ambientes de estudo digitais

Engana-se quem pensa que o espaço virtual hoje pode virar uma distração no avanço das técnicas de aprendizagem. Este campo que cresce e tem mercados assertivos em games e produção de conteúdo encontrou na web a chance de unir duas ferramentas vantajosas e garantir longa vida ao futuro da educação. 

Quando a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) oportunizou um edital exclusivo para inovação, a instituição já imaginava que receberia grandes demandas de projetos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Chamadas como o Tecnova Alagoas permitiram que empresas alcançassem seus objetivos na promoção de ações inovadoras para o Estado. Uma das contempladas com a proposta foi a Innovate, que aproveitou os subsídios de subvenção econômica para desenvolver seus projetos. 

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A Innovate foi contemplada com o V Prêmio do Congresso Brasileiro de Informática e Educação (CBIE) em 2016, dentro da categoria específica de Apps Edu, que é um concurso para o desenvolvimento de soluções de tecnologia ou objetos de aprendizagem para a educação, e a empresa conquistou o 1º lugar para Alagoas. 

Foco é educação, explica diretor

Francisco Vital, um dos diretores executivos da Innovate, enfatiza que inicialmente a ideia surgiu a partir do interesse da empresa em explorar ambientes virtuais. Atualmente, o desenvolvimento do produto está sendo direcionado ao cenário da educação. O diretor argumenta que eles observavam o recurso interativo do moodle, um mecanismo interativo, porém este continha muito texto, o que tornava a comunicação de difícil acesso e os participantes deste canal não conseguiam efetivar uma conversa direta, excluindo a possibilidade de vídeo conferências e integração com outras ferramentas. 

 “Criamos um espaço virtual e tridimensional desenvolvendo aspectos reais para as pessoas neste local, só que voltados inicialmente para a área de startups”, frisa o estudioso. 

Graças ao sucesso do produto inovador, a equipe analisou que, para realizar o mapeamento no Estado, este deveria conter uma área específica a ser verificada, um interesse de estudo em particular. Então, o grupo passou a esquematizar salas virtuais vinculadas à educação.

 Implementação da plataforma em Alagoas e Pernambuco

Como toda pesquisa de base estrangeira corre os riscos de adaptação, o mecanismo de realidade virtual baseado no PBL foi testado nos laboratórios de universidades como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo utilizada por grupos de pesquisa já existentes e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Atualmente o programa já está disponível na UFPE, no centro de informática onde alunos e professores estão utilizando. O seu uso nestes centros de pesquisa tornou-se uma grande janela: o programa foi levado através de pesquisadores da UFPE para Índia e Canadá, gerando fontes de estudo em linhas de mestrado e doutorado, promovendo sua expansão e alcance de espaços.

Em Alagoas, os testes de implantação já foram reproduzidos em Coruripe, por intermédio da parceria com escolas, uma vez que a cidade apresenta um cenário interativo com o seu plano de educação, o que reverte nos crescentes índices de aprendizagem. Durante as verificações, foram formados cerca de 500 a 700 usuários, entre professores e palestrantes mentores. Eles tiveram a oportunidade de experenciar este contexto interativo em primeira mão. 

O público

A plataforma possui um público em potencial, está enquadrando em seu portfolio escolas e universidades em sua maioria, porém não se limitando a isto. Como forma de expandir o mercado, a Inovatte já disponibilizou a ferramenta para algumas empresas, como uma espécie de trial (meio de distribuição de software semelhante ao demo e ao shareware, porém com limitação de tempo). 

Os pesquisadores frisam que este era um dos interesses no estudo, vincular a rede ao treinamento dessas empresas: “Isto é possível porque com o programa você pode realizar o mapeamento de problemas e ter um mentor, que pode ser tanto um aluno e um professor, como podem ser os colaboradores de uma empresa e seus gerentes”, explica Vital