VI Congresso Endovascular Internacional aliou novidades científicas a discussões sobre financiamento e patentes
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) lançou edital no valor de R$ 350 mil, para contemplar propostas de eventos científicos a serem realizados no próprio estado. A chamada continua aberta. Até agora, seis propostas já garantiram financiamento, e um dos eventos já foi realizado.
Trata-se da sexta edição do Congresso Endovascular Internacional (VI cEndovascular). Reunindo profissionais e pesquisadores desta área da Medicina, a ocasião contextualizou os resultados de atividades de pesquisa ao desenvolvimento de soluções inovadoras e sua conversão em tecnologias aplicáveis e patentes.
A convite da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, ministrou palestra sobre o financiamento à pesquisa no Brasil, com foco específico nos resultados que a Fapeal tem alcançado desde 2015, mesmo com o contingenciamento dos recursos federais.
O gestor destacou que, nesse contexto, tem sido feito um esforço sistemático para ampliar o leque de parcerias da Fundação, como uma forma de alcançar recursos para projetos ou ações mais específicos.
“Ano passado, executamos R$17 milhões; no ano de 2015, em torno de R$ 14 milhões, e este ano, possivelmente a gente execute em torno de R$18 milhões. Poderemos fechar três anos com aproximadamente R$ 35 milhões de reais investidos em ciência, tecnologia e inovação em Alagoas, sem haver nenhum tipo de contingenciamento ou corte por parte do governo estadual”, calcula o gestor.
Estratégia
O professor Fábio Guedes explica que desde 2015, foi adotada uma visão estratégica de gestão na Fapeal, democratizando recursos, desconcentrando a aplicação deles e atuando de forma significativa no interior estado. Até 2014, a Fapeal já tinha presença em oito municípios, hoje, atua em 14 dos 16 onde sua finalidade pode ser executada, ou seja, naqueles onde há institutos federais, campi universitários e grupos de pesquisa minimamente estruturados.
Ele acrescentou que os recursos do Governo de Alagoas são empregados em manter o tratamento básico à comunidade científica e acadêmica, através de auxílios à pesquisa, bolsas de iniciação científica, editais para organização de eventos e para participação de pesquisadores em eventos nacionais e internacionais e para manutenção de equipamentos em laboratórios.
“Se estamos passando por dificuldades, não será fácil encontrar um pesquisador que diga isso em relação às políticas da Fapeal. Podem ocorrer dificuldades de ordem infraestrutural nas universidades e quanto a recursos do governo federal que não foram liberados. Mas com respeito à Fundação, temos mantido o cronograma de pagamentos”, afirma.
Guedes, que é economista e docente da Ufal, ressalta ainda que, devido ao clima de incerteza que assola a área de CT&I no País, Alagoas está cuidando para que o quadro atual do setor não regrida, já que as finanças do Estado, atualmente, estão numa situação mais confortável do que no passado.
“E isso permite que a Fapeal possa não somente executar programas de CTI, amparada nas decisões do seu Conselho, mas também buscar recursos em convênios federais e internacionais para áreas específicas, como colaborações internacionais e pesquisa ecológica”, finaliza o gestor.
O VI cEndovascular foi realizado no Centro Universitário Cesmac, durante os dias 25 e 26 de agosto.