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Governo do Estado Iincentiva pesquisas acerca da microcefalia e audição em Alagoas

Através da Fapeal foram apoiadas linhas de pesquisa sobre o Zika vírus, que permitiram a vinda de eventos e estudos internacionais à capital alagoana

Juliana Khalili

O contexto da pesquisa em Alagoas é de continuidade e interlocução, pois o Governo do Estado tem trabalhado para garantir que as problemáticas de políticas públicas sejam analisadas e desenvolvidas. Engajando-se a serviço desta atuação, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) promove uma interatividade nas linhas de estudo de seus editais que devem atender também a estas pautas. Um exemplo disto é o Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) que, em suas oficinas de construção de temáticas, elenca demandas que são vivenciadas na realidade das unidades de atendimento público no Estado.

O trabalho do PPSUS alcançou resultados positivos em suas edições, propiciando que suas discussões repercutissem na vinda de eventos de estudos em alto nível para Maceió. A capital iniciou na última quinta, 23, o I Congresso Internacional de Microcefalia e Audição (CIMA), reunindo pesquisadores e profissionais no encontro realizado num hotel da praia de Cruz das Almas.

O último edital do programa, lançado em 2016, detinha um quadro voltado a contemplar estudos que abordassem o Zika vírus e suas consequências, como a microcefalia. Para a Assessora Científica de Projetos Especiais e Inovação da Fapeal, Juliana Khalili, estas pesquisas funcionam como os carros chefes da Fundação, porque caracterizam os embriões que dão seguimento a resultados.

“Hoje, estou extremamente feliz como gestora de recursos voltados para CT&I, porque neste importante evento, conseguimos perceber claramente que os investimentos realizados pela Fapeal, foram revertidos em ações concretas e com um enorme benefício para a população”, frisa a assessora.

Com formação em Ciências Políticas, Juliana explica que a questão da Zika e da Microcefalia devem ser discutidas, devido as suas consequências, que afetaram de maneira direta o Estado, principalmente nos anos de 2014 e 2015. Estudos nesta área e o compartilhamento de informações serão cruciais para que se chegue ao cerne do problema e se consiga uma solução.

Pedro Menezes

Estimulado pela complexidade da situação, o fonoaudiólogo Pedro Menezes, desenvolveu um projeto que fazia uma interface direta com a audição. Foi realizada uma abordagem epidemiológica em Alagoas, onde o professor realizou um novo teste de diagnóstico auditivo para o SUS, inovando na análise de impacto inovador para lidar com este fenômeno recente.

Doutor em Física da Medicina, ele acredita que foi graças aos estímulos fornecidos pela Fapeal que estes estudos foram iniciados, no sentido de esclarecer as dúvidas e mapear soluções especializadas: “A partir do movimento disponibilizado por esta gestão e com os incentivos do PPSUS, foram apoiadas as diretrizes que desencadearam em eventos como este, auxiliando a realização através de uma base inicial proposta”, ressalta Menezes, que é o vice-presidente da academia brasileira de Audiologia.

Os debates foram concluídos no sábado, 25, englobando ainda políticas de inclusão através da divulgação de tratamentos e aparatos tecnológicos. As apresentações seguiram linhas de programas governamentais e contaram com nomes de peso internacional.