Quatro órgãos do Governo do Estado e uma empresa privada alagoana receberam reconhecimento por empregar reeducandos do sistema prisional
Alagoas tem colhidos os frutos de um trabalho consistente para tornar a reinserção social uma possibilidade concreta na vida de pessoas que passam pelo sistema prisional. Cinco órgãos do Estado receberam o Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional – Resgata, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, na tarde de quinta-feira (26).
A Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) foi um dos órgãos que comprovou o atendimento aos oito requisitos exigidos para uma efetiva integração dos reeducandos ao ambiente de trabalho e seus processos.
“Eu só posso resgatar se, primeiro, oportunizar”, observa Georginei Neri, assessor executivo de Gestão Interna da Fundação. “Este selo não é um prêmio, e sim um reconhecimento público de que Alagoas está dando uma resposta a esta preocupação social crescente e se distanciando de números negativos”, comenta o gestor.
Graças ao convênio com a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), no momento, há quatorze apenados (12 homens e duas mulheres) em regime aberto e semiaberto atuando na Fapeal, em funções diversas.
A gerente de valorização de pessoas da Fapeal, Lília Aguiar, explica que o selo tem o intuito de estimular as instituições a aderir ao programa de ressocialização e de fato acolher estes trabalhadores: “É um trabalho feito com muito zelo e que tem o seu grau de dificuldade, mas a instituição encarou a tarefa de fazer a diferença na vida dessas pessoas e este resultado é gratificante”, pondera a servidora.
Além de Fapeal e Seris, o Selo Resgata também foi recebido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater) e pela empresa Pré-moldados Empresarial Alagoas.
A exemplo dos critérios que foram comprovadamente atendidos pelos cinco órgãos alagoanos, estão a proporção mínima de 3% de reeducandos no total de quadro de empregados, dispensar aos reeducandos os mesmos critérios de tratamento que aos outros trabalhadores, realizar ações para adicionar caráter educativo e produtivo ao trabalho, incentivar sua formação escolar ou profissional e contribuição à Previdência Social e proporcionar ambiente de trabalho salubre e compatível com as suas condições físicas, entre outros.
“Quando o Governo do estado abriu esta oportunidade para os reeducandos, a Fapeal apostou desde o início e nossa equipe não poupa esforços para a atuação deles nesse ambiente de trabalho seja realmente integrada”, resume o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes.
A cerimônia contou com a presença do Presidente da República, Michel Temer e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.