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No interior, projeto apoiado pela Fapeal amplia o debate do Setembro Amarelo

Alunos da rede pública estadual de Batalha são educados em prevenção ao suicídio  

Tárcila Cabral – texto

Fotos: Divulgação (cedidas pela pesquisadora)

O mês de setembro chega à reta final, mas as iniciativas de promoção da saúde mental devem se manter contínuas. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) apoia estas atividades e investe em projetos que fortaleçam a prevenção de doenças emocionais e promovam uma melhor compreensão de suas possíveis consequências.Se engajando nos debates do Setembro Amarelo, um projeto de iniciação científica (Pibic) fomentado pela Fapeal se destaca por articular alunos de graduação na causa.

O Pibic, que foi iniciado no começo deste mês, resolveu endossar a discussão do combate ao suicídio. Motivados pela professora Jacqueline da Silva, o grupo de alunos de enfermagem da Faculdade Cesmac do Sertão, em Palmeira dos Índios, já realizou a sua primeira ação. Eles foram até o município de Batalha, para realizar uma ação na Escola Estadual Maria de Lourdes.

Em caráter preventivo, a equipe levou práticas de como atuar numa situação potencial de automutilação, mostrando as práticas de cuidados e primeiros socorros que devem ser concretizadas na escola, em caso de necessidade. Mas também foram discutidas a importância de observar e sinalizar as situações de jovens com enfermidades mentais, trabalhando posteriormente a prevenção, o acompanhamento e encaminhamento deles para os devidos profissionais.

O grupo composto por Ítalo de Melo, Yana Lopes, Neide Silva, Clara de Souza, Beatriz Lima e Hugo Soares são os estudantes responsáveis por trabalhar as temáticas. As ações são realizadas quinzenalmente com a supervisão da coordenadora Jacqueline da Silva. O dia 10 de setembro foi a data escolhida pela International Association for Suicide Prevention para combater as práticas de suicídio. Mas durante todo o mês, a campanha Setembro Amarelo reflete diversas iniciativas no amparo e desenvolvimento da saúde e bem-estar mental de pessoas ao redor do mundo.

A cientista que orienta o grupo de pesquisa frisa que, apesar do projeto ter se iniciado no mês de setembro, era importante já engajar os alunos numa prática: “A discussão está sendo realizada agora, portanto, devemos produzir um conjunto de estratégias visando atender às necessidades sociais da saúde e garantir a melhoria da qualidade de vida da população”, frisa a professora.

Sua intenção com o projeto é levar adiante iniciativas humanizadas no contexto do exercício da enfermagem. Sendo assim, os alunos poderão aplicar seus conhecimentos em diferentes contextos da profissão e principalmente na assistência especializada.