O V Simpósio Nordestino da Pós-Graduação em Química e Biotecnologia apoiado pela Fapeal ofereceu conteúdos de ponta trazidos por cientistas de Portugal e ex-presidente da SBQ
Tárcila Cabral – texto e fotos
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) têm depositado recursos para a criação de um calendário de programas acadêmicos consistentes. O objetivo é incluir a região no mapa competitivo da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Com o edital de Auxílio à Organização de Eventos Científicos (AORC), mais encontros foram fortalecidos e oportunizados, sendo o V Simpósio Nordestino da Pós-Graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB) um deles.
Iniciado na última terça, 08/10, o evento, estruturado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ofere palestras, mesas-redondas e minicursos aos estudantes do PPGQB, com a presença de estudiosos ilustres da química brasileira e internacional. A 5ª edição traz, por exemplo, duas pesquisadoras da Universidade do Porto, elucidando temáticas e mostrando suas metodologias, que são referência na Faculdade de Farmácia da instituição.
Além disso, a programação também trouxe ícones da área como o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), o professor Aldo José Zarbin. A Fapeal vem acompanhando de perto a execução dos trabalhos do Instituto de Química e seu PPG, por isso fez questão de estar presente na cerimônia de abertura do Simpósio partilhando do diálogo com outros gestores do meio científico.
Comentando sobre o encontro, a coordenadora do evento, Ísis Martins, explicou que os acadêmicos palestrantes estão introduzindo novas técnicas aos estudantes do PPG, e que a escolha se pautou por acadêmicos de destaque em diferentes setores. “A gente procura diversificar ano a ano os pesquisadores, as áreas trazidas e a tecnologia ofertada para dar oportunidade de serem analisadas todas as áreas dos nossos principais programas de pós-graduação no âmbito da química e biotecnologia”, frisa a professora do PPGQB.
O presidente da SBQ realizou nesta terça, 09/10, a palestra de abertura do evento, mas a programação também seguiu discutindo os rumos que a universidade e os cursos de pós-graduação tomarão neste novo cenário.
“Os apoios das instituições de fomento são fundamentais porque o interessante para o programa é trazer estudiosos de fora, para que a gente possa ter um panorama do que é feito no Brasil e no mundo. Portanto, apenas dinheiro captado de apoio de indústrias e empresas jamais seria suficiente, se o governo não tiver subsídios nós não conseguimos realizar um evento deste aporte”, frisa Ísis Martins.
Graças ao edital AORC da Fapeal é possível fomentar encontros de grande repercussão. Esta chamada foi a responsável por oportunizar, apenas neste ano, a realização de 37 encontros acadêmicos no estado, a partir de um montante total de R$400 mil reais. Estes insumos, segundo o Diretor Executivo de Ciência e Tecnologia da Fapeal, João Vicente Lima, devem continuar existindo para propiciar o avanço dos estabelecimentos de ensino.
“Neste momento, apesar da maré de obstáculos contra a ciência e o conhecimento, a nossa grande resposta sempre será mais ciência, e de qualidade, comprometimento com a pesquisa e o envolvimento de todos por esta causa”, frisou o diretor. Ele acredita que a Ufal e seus respectivos programas tem conseguido responder bem aos desafios se permitindo evoluir nos parâmetros científicos.
O gestor enxerga também que é preciso dar continuidade às atividades e resistir com os estudos para encontrar novos métodos de coexistir como prioridade para o país.
O diretor executivo da Fapeal concluiu sua participação abordando que deseja dar seguimento às parcerias junto ao Instituto de Química da Ufal e implementar contextualizações de trabalho com rumo aos novos editais. Para quem deseja conferir ainda mais informações sobre o Simpósio, que ocorre até a próxima sexta, 11/10, pode acessar o site https://simposioppgqb.wixsite.com/simppgqb2019
