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Mulheres da Fapeal são homenageadas em evento especial

Momento de reflexão e confraternização em alusão ao 8 de março teve música, fotos e muitos abraços no jardim da fundação

Deriky Pereira – texto e fotos

Evento ocorreu no jardim da Fundação

Quantas vezes você parou para pensar se aquela atitude que estava tomando era certa ou errada? Se está fazendo bem ou mal – a alguém ou a si mesmo? Ou ainda, se aquilo vai te deixar contente ou te fazer refletir sobre o ocorrido, se poderia ser diferente, melhor – ou pior, quem sabe. Pois é… A reflexão sobre quem somos e onde estamos costuma fazer parte dos seres humanos e aparece em momentos que, muitas vezes, estes nem imaginam.

Foi pensando nisso que a Gerência Executiva de Valorização de Pessoas (GEVP) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) promoveu, na terça-feira (11), um momento de confraternização e reflexão para as mulheres que fazem parte do órgão em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no domingo (8). De apresentações musicais aos discursos sobre o papel da mulher na sociedade, fotos, abraços e muito carinho também marcaram presença no evento especial.

“A gente pensou em algo que trouxesse uma reflexão de como estamos e quem somos como mulheres, como a gente está se vendo, se o que estamos fazendo agrada ou desagrada e o que fazemos para mudar esse contexto de vida”, explicou Juliana Alencar, psicóloga da instituição.

Juliana Alencar

Segundo ela, é preciso, cada vez mais, que as pessoas entrem em contato com si próprias para saber se o que vêm fazendo é algo que lhes agrada. “A gente precisa parar e refletir pra entrar em contato com o nosso ‘eu’. Se a gente não faz isso, vai fazendo e sentindo coisas que, no real, não fazem sentido e vai empurrando com a barriga. Só que a gente precisa ter esses momentos e parar, realmente, para entrar em contato conosco”, completou.

Juliana lembrou ainda que a sobrecarga mental pode prejudicar a pessoa como um todo. “Quando a mente não suporta mais, o coração, a alma, isso vai pra onde? Para o corpo, para o físico. O dia a dia vai nos atropelando e a gente precisa, todos nós, independentemente de mulher, homem, qualquer ser humano, precisamos parar, refletir, entrar em contato com nossas emoções, nossas dores, do contrário, a nossa vida fica sem sentido”, refletiu.

A bolsista Kelly Cavalcante participou do evento e reiterou a importância da fala de Juliana Alencar. “Por mais que a gente queira o nosso espaço, às vezes, a gente acaba se submetendo ou se acomodando em algumas situações. A fala da Juliana foi boa porque faz refletir, onde quero estar, se é só isso que quero ou se quero algo a mais, enfim. É sempre bom bater nessa tecla do que ‘eu quero mais pra mim’”, comentou.

Valorização das mulheres

Momento de abraços

A assessora científica de projetos especiais e inovação da Fapeal, Juliana Khalili, comentou que a realização de eventos como este fazem refletir não só do papel da mulher na fundação, mas também na sociedade. “Somos plurais, polivalentes, diversas. Somos mães, irmãs, filhas, amigas, confidentes, professoras, atletas – na correria do dia a dia, enfim, somos guerreiras. Eu me orgulho de ser quem sou e agradeço a Deus por isso. E parabenizo a Fapeal pela bela iniciativa, foi um momento comovente”, comemorou.

Já a jornalista Tárcila Cabral apontou que o momento valorizou a mulher enquanto profissional e não somente no contexto do gênero. “Acho que isso é muito importante porque reflete que é o nosso trabalho que transparece e não o estigma que a sociedade insiste em nos lembrar. Acredito que a nossa gerência de RH sempre nos lembra nessas datas festivas, e em todas as comemorações, do que o que estamos produzindo para a sociedade é o que vai ficar”, disse.

Ela comentou ainda que a Fundação conta com mulheres no seu corpo profissional desde o seu surgimento, há quase três décadas. “Aqui na Fapeal temos um grupo expressivo de mulheres e o interessante e o nosso trabalho, o trabalho feminino, está deixando marcas que vão se eternizar aqui, principalmente refletindo agora os 30 anos da instituição, pois são 30 anos de contribuição feminina, desde o princípio da Fapeal”, comemorou.

Juliana Alencar disse ainda que o evento foi uma troca. “É um momento onde podemos falar sobre qualquer assunto, onde a gente pode se tocar, se olhar, a gente não tem esse tempo de estarmos todas juntas, então é um momento para confraternizar, e poder falar para alguém através de um olhar, um abraço, uma palavra. Isso é muito importante no ambiente de trabalho, que a gente possa ter mais momentos assim. A gente entende que isso une, agrega, cria mais laços e é necessário, também, para fortalecer os laços já existentes”, salientou.

Combate ao machismo e demais preconceitos

Ayslan Correia, gerência de T.I., canta na homenagem

Presente no evento, o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes Gomes, parabenizou as mulheres da fundação e refletiu que em nenhum momento o órgão questionou ou priorizou, quando da competência e/ou profissionalismo, a questão do gênero. “A Fapeal não faz essa distinção de o mais competente sendo homem ou sendo mulher, acho que nunca passou pela cabeça de ninguém aqui escolher as pessoas pelo gênero, isso mostra que, a maioria sendo mulher aqui, mostra justamente o espaço que a mulher deve ocupar lá fora”, disse ele.

Guedes disse ainda que as mulheres da Fapeal podem contar com ele para, dentre outras coisas, o combate ao machismo e demais preconceitos.

“Podem contar comigo para qualquer tipo de projeto ou discutir qualquer assunto que seja relevante para a atuação de vocês aqui. A gente, quer queira quer não, mesmo com o espaço de vocês aqui sendo amplo, ainda não deixou de ser uma sociedade machista, existem comportamentos que precisamos abolir e esses comportamentos, vez ou outra, podem acontecer aqui, infelizmente. E precisamos combater! Podem contar comigo no apoio a qualquer combate ao machismo, ao preconceito, saibam que tem o nosso apoio”, explicou, recebendo aplausos.

 

Professor Fábio Guedes Gomes e parte da equipe da Fapeal