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C4: flexibilizar distanciamento pode gerar tragédia sem precedentes no país

Pesquisadores apontam que “não há justificativa para relaxamento”, em boletim publicado na última quinta-feira

Naísia Xavier

Marca do Comitê; abreviadamente, C4

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste (C4), criado para assessorar os nove governadores da região nas decisões a respeito da Covid-19 lançou seu terceiro boletim de recomendações.

O principal tema do documento é o distanciamento social. Neles, os pesquisadores escrevem que “baseados em todas as evidências disponíveis no Brasil e em todo mundo, não há justificativa alguma para qualquer tipo de relaxamento no distanciamento social (…) qualquer flexibilização agora vai gerar tragédia humana sem precedentes no país”.

O boletim foi lançado na última quinta-feira (09) e pode ser acessado na íntegra no site do C4, lançado também ontem, através do endereço https://www.comitecientifico-ne.com.br/boletim. Nele, os cientistas envolvidos também explicam seu posicionamento em relação ao uso da hidroxiclorina, considerando que ainda não há evidências significativas para que a substância possa ser considerada um tratamento.

Em vídeo lançado no seu canal do Youtube, resumindo o boletim, o neurocientista Miguel Nicolelis, coordenador do C4, comenta que “essa droga tem efeitos colaterais gravíssimos. A dose que pode gerar uma arritmia cardíaca, por exemplo, é muito próxima da dose terapêutica (…) então não se automedique”, alerta o médico e pesquisador.

Representatividade

O Governo de Alagoas é representado no C4 através da sua fundação de amparo à pesquisa. O professor Fábio Guedes, diretor-presidente da Fapeal, está à frente de duas das nove submissões que assessoram o comitê e foi responsável por indicar pesquisadores atuantes no estado de Alagoas para participar de todas elas.