A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) foi indicada para representar Alagoas no Comitê Científico criado pelos governadores do Consórcio Nordeste para auxiliar e aconselhar os chefes do Executivo nas decisões estratégicas que serão tomadas para o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
A função de representante cabe ao diretor-presidente da Fapeal, Dr. Fábio Guedes Gomes, que é professor na Faculdade de Economia da Ufal e tem doutorado em administração pública pela UNB. Ele vai atuar em dois grupos no comitê: o que aborda a área de fomento de recursos para apoio aos grupos de pesquisas e o que trata sobre políticas públicas de intervenção socioeconômica.
“A participação de Alagoas nesse comitê é imprescindível, pois todos os governadores da região têm tomado decisões com base nas informações das autoridades de saúde e na divulgação e dados científicos. Nesse sentido, nossos cientistas poderão interagir com esse comitê através de nossa representação”, pontua o gestor.
“Além disso, a Fapeal é a única fundação estadual de amparo à pesquisa do Nordeste que faz parte dessa Comissão, podendo contribuir muito com a articulação entre as demais agências de fomento da região e nossos parceiros federais e internacionais. Portanto, nossas Fundações estarão envolvidas diretamente nas políticas e ações que poderão ser sugeridas desse comitê”, completa Guedes, que também é vice-presidente do Conselho Nacional das faps (Confap).
O Comitê Científico do Consórcio Nordeste, composto, ao todo, por 14 membros, é coordenado pelo médico e neurocientista mundialmente reconhecido, Miguel Nicolelis, e pelo físico Sergio Rezende, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Em seu primeiro boletim, lançado na sexta-feira, (3), após a primeira reunião, o Comitê Científico do Nordeste declarou que apoia medidas que, ao mesmo tempo, reaqueçam a microeconomia e envolvam toda a sociedade no combate ao coronavírus.
Para isso, sugere aos governadores dos nove estados nordestinos que se mobilizem costureiras, artesãos, pequenas e grandes empresas num esforço coletivo para produzir os insumos necessários e tecnicamente adequados para a situação.
“Isto seria uma boa combinação entre políticas científicas de saúde pública, com políticas econômicas e sociais de amparo à população, financiadas por meio do Consórcio Nordeste”, declara o documento.
O Comitê fornecerá aconselhamento técnico-científico aos governadores sobre os seguintes assuntos:
· Coleta e análise de dados, aplicativos e suporte TI, simulações, estimativas e cenários, logística e comunicação pública;
· Protocolos de assistência medica e ambulatorial, clinica e terapêutica, estudos clínicos, desenvolvimento de drogas;
· Equipamentos hospitalares, ventiladores e alternativas, EPI e insumos, recursos hospitalares, e de UTI;
· Fomento a redes de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, fontes de recursos e novas linhas de financiamento;
· Interação entre indústria, startups e laboratórios, e unidades de pesquisa locais;
· Virologia, vacinas e diagnóstico laboratorial;
· Políticas públicas de intervenção (medidas econômico-sociais);
· Epidemiologia, modelos matemáticos e medidas de enfrentamento