Governo de Alagoas e Universidade estão colaborando em projeto para viabilizar instalações de biossegurança, adequadas para pesquisas com vírus
Naísia Xavier
O professor Fábio Guedes, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) foi recebido por Marcelo Morales, Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em Brasília, nesta segunda (13/9). Também participaram da reunião o Reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o pesquisador Emiliano Barreto, doutor em Biologia Celular e Molecular.
Em pauta, a proposta de um Laboratório de Biosegurança e Biocontenção – Nível 3 (NB3) para Alagoas. Esse tipo de instalação é destinada ao trabalho com microorganismos de risco biológico da classe 3, ou seja, aqueles que acarretam elevado risco individual, porém, baixo risco para a comunidade.
A classificação NB3, de acordo com a Fiocruz, é aplicável para laboratórios clínicos, de diagnóstico, ensino e pesquisa ou de produção onde o trabalho com agentes exóticos possa causar doenças sérias ou potencialmente fatais, como resultado de exposição por inalação. A equipe profissional deve possuir treinamento específico no manejo de agentes patogênicos, potencialmente letais, devendo ser supervisionados por profissional altamente capacitado e que possua vasta experiência com estes agentes.
O professor Fábio Guedes definiu o novo laboratório da Ufal como “estratégico” e comentou que “com a pandemia, o país avançou muito em pesquisas epidemiológicas”, apontando a necessidade de capacidade técnica e segurança para o manuseio de microrganismos como vírus, que são agentes potencialmente pandêmicos.
De Brasília, ele adiantou ainda que a proposta, “de elevado nível executivo, foi bem recebida pelo Ministério, que se prontificou” em relação ao apoio necessário.
O professor Fábio Guedes também chamou atenção para o complexo de saúde que o Governo de Alagoas, na gestão Renan Filho, está montando e colocando em funcionamento: “Com novos hospitais e novos serviços, esse laboratório será mais um caminho para a “formação de quadros técnicos de elevada qualificação, além de dar suporte a toda a rede de saúde e hospitalar do estado”.
A agenda de compromissos voltados a apoiar a comunidade científica e acadêmica de Alagoas prossegue durante esta semana.