Naísia Xavier
Alagoas possui 1,6% da população brasileira e 1% dos doutores atuantes no país. Em um momento de crise na ciência nacional, o estado tem demonstrado constância nos investimentos em ciência, tecnologia e inovação, através dos recursos aplicados pelo Governo em sua Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeal).
De acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), as faps são responsáveis por 82% por cento dos recursos que financiam as pesquisas no país, com recursos estaduais. Neste índice, Alagoas ocupa o 8º lugar do Brasil em esforço estadual no apoio ao sistema de ciência e tecnologia.
Alagoas é o 3º estado do país com o melhor nível de cobertura em concessão de bolsas de mestrado e doutorado. A média nacional é de 50% por cento, ou seja, uma bolsa para cada 2 alunos. Em Alagoas, a cobertura ultrapassa 60%.Isso se deve tantos aos investimentos do Governo quanto à capacidade de articulação da Fapeal e das instituições de ensino superior em prospectar recursos para cobrir a demanda de bolsas na pós-graduação.
Além disso, no tocante à pesquisa, a fundação de Alagoas também concede bolsas de iniciação científica, para pesquisadores em formação nas graduações e bolsas de iniciação científica júnior, para alunos excepcionais do Ensino Médio, engajados em projetos de inovação tecnológica.
O restante dos percentuais de investimento na pós-graduação brasileira se dá através da Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio das suas agências CNPq e Finep e do Ministério da Educação, via Capes.
O Brasil também conta com uma iniciativa privada de financiamento à pesquisa no Brasil, o Instituto Serapilheira, que seleciona alguns projetos significativos anualmente, e investe em divulgação científica, a partir de critérios próprios, não tendo vínculo formal com o sistema público de pós-graduação.