Evento reuniu especialistas e equipes técnicas das instituições para avaliar os 12 projetos científicos conduzidos na educação básica
Tárcila Cabral
Ciência, inovação e empreendedorismo junto ao ensino médio, essa é a fórmula que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) tem apostado em seus Programas de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr). A chamada, que já era realizada em escolas públicas alagoanas, chegou à sua 2ª edição com a Rede Sesi Senai/AL, que promoveu nesta terça-feira (31), a avaliação parcial dos projetos desenvolvidos na capital alagoana.
A versão atual do Pibic Jr com o Sistema Sesi/AL foi iniciada em 2022 e contou ao todo com 12 projetos aprovados, que estão sendo orientados e monitorados por professores da escola. Na solenidade promovida pelas instituições, os alunos apoiados apresentaram dados e prospecções sobre o andamento das pesquisas até o momento, que na fase atual se encontram na metade do percurso.
Logo, com o seguimento do Seminário de Avaliação Parcial, os grupos receberam feedbacks e análises dos avaliadores ad hoc, especialistas nas temáticas. Como os projetos já haviam entregado os relatórios científicos, os estudos alcançaram no evento a etapa de apreciação pela comissão técnica.
“É uma satisfação para a Fapeal viabilizar esse edital, nós esperamos que ele possa ajudar os alunos nesse momento da vida com os enormes desafios do mundo. O universo quer que a gente dê respostas para os grandes problemas, e os estudantes estão fazendo esse exercício com os projetos aprovados nesse edital”, frisou o Diretor Executivo de Ciência e Tecnologia da Fapeal, João Vicente Lima.
As pesquisas também foram apresentadas pelos orientadores das propostas, que abordaram a parte inicial das análises, nas quais os alunos tornaram a trazer questões que poderiam ser investigadas através do processo científico.
“Eu sempre converso com os alunos e digo: Olhe para a sociedade, veja o que a gente precisa, o que é que falta, pense numa problemática, tente solucionar isso, até para entender a concepção de hipótese. Trabalhei com eles no começo do estudo aqueles conceitos iniciais da metodologia científica”, explicou a professora do Sesi/AL, Ana Maria Aquino.
Do mesmo modo a diretora da Rede Sesi/AL, Dayse Teixeira, afirmou em sua fala no Seminário de Avaliação que se orgulhava da parceria com a Fapeal, e que é necessário apoiar o ensino científico desde a educação básica. Ela completou citando que a instituição se orgulhava dos produtos que estavam sendo gerados, pois se mostraram projetos exitosos e premiados nacionalmente.
“Essa é uma parceria com a Fapeal, que é uma instituição que fomenta a pesquisa, que abraça o estudo e que entende que a ciência pode começar dentro da educação básica, o que não é comum, mas que a gente percebe o quanto que essa parceria fortalece não só a pesquisa em si, mas a nossa sociedade através desses jovens, que nutrindo propósitos e propostas desenvolvem habilidades e olham para o mundo de forma diferente”, mencionou a diretora da escola Sesi Senai/AL.
Neste contexto, os estudos foram expostos e reuniram temáticas como: tecnologia para locomoção de cadeirantes, tijolo ecológico sustentável, triturador inteligente de lixo, reutilização de pneus para o aprendizado de autistas, aerador de água para caprinos e ovinos, biomassa como auxílio na desertificação de solos, entre outras propostas.
Com o término das apresentações, os avaliadores junto a equipe técnica da Fapeal confirmaram o bom desempenho que os relatórios de pesquisa apontavam, e realizaram o anúncio da renovação do edital para 2023. A expectativa é abranger novos estudos e temáticas que desenvolvam as mentes críticas de jovens da educação básica de Alagoas, propiciando assim um ingresso direcionado ao ensino superior.