Fapeal e Capes convidaram representantes das universidades, do setores público e privado e ONGs para colaborar com as propostas
Naísia Xavier
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapeal) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência ligada ao Ministério da Educação, promoveram uma oficina estadual para definir a contribuição de Alagoas a respeito dos temas prioritários para o novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2024-2028). O objetivo é que a formação de mestres e doutores esteja mais alinhada com as necessidades específicas locais.
Além de representantes das três universidades públicas do estado e membros da comunidade acadêmica, também foram convidados representantes de setores público e privado e da sociedade civil organizada.
O presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, definiu o momento como “muito importante e inédito”, devido ao fato de a Capes estar construindo o plano em parceria com os estados, especialmente através das fundações estaduais de pesquisa.
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Na discussão foram incluídas instituições como a secretarias de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) e do Planejamento e Gestão (Seplag); o Senai e o Sebrae, a Empraba, a Onu Habitat, o Hospital do Coração, a secretaria estadual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), os Centros Universitários Cesmac e Unima, a regional alagoana da Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) e a ONG Manda Ver, do Vergel do Lago.
“Numa participação coletiva e dialogada, a gente vai trazer o impacto social devido que a pós-graduação potencializa para o estado de Alagoas”, declarou a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal), professora Mara Ribeiro.
Para o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), professor Josealdo Tonholo, o momento serviu para enxergar os desafios para a ciência e para a inovação do ponto de vista global e nacional, mas sem perder a conexão com o nosso território. “Estamos habituados a um sistema de pós-graduação que tem uma avaliação nacional, que por vezes não considerava as delimitações territoriais e as importâncias de temas da realidade desses territórios, e agora isso começa a ser considerado”, avaliou.
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Para o coordenador de pesquisa e pós-graduação da Universidade Estadual de Alagoas, professor Wellyngton Chaves, a discussão da política vai além de fortalecer a pós-graduação em Alagoas, ajudando a própria academia a compreender melhor o papel das outras instituições. “Poderemos melhor fomentar e desenvolver os nossos programas”, declarou o gestor.
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