Iniciativa conta com a participação da pesquisadora Samara Bomfim, da Faculdade de Nutrição da Ufal
Deriky Pereira
Em 2023, a campanha Setembro Amarelo comemora dez anos desde sua primeira ação, idealizada pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva. Com o passar dos anos, as ações de prevenção ao suicídio alusivas à campanha ganharam força e adesão frente à população. Pensando nisso, a Fapeal em Revista preparou série especial sobre o assunto relacionando o tema com outro ponto relevante: a alimentação.
Em três episódios, a iniciativa conta com a participação da professora e pesquisadora da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Samara Bomfim, que subdividiu a discussão em três grandes grupos: a relação entre o intestino e o cérebro, a modulação da inflamação para o equilíbrio da saúde mental e os alimentos que são promotores do bem-estar.
O primeiro episódio pode ser visto aqui. Já o segundo episódio está disponível neste link. O terceiro, e último, será divulgado até o final do mês. A série completa ficará disponível tanto no Instagram quanto no canal do YouTube da Fapeal em Revista.
Sobre a campanha
Este ano, a campanha Setembro Amarelo tem como lema Se precisar, peça ajuda! Dentro desse mote, faz-se necessário discutir sobre o suicídio que atinge a todo o mundo com dados alarmantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), somente em 2019 foram registrados mais de 700 mil mortes por suicídio, sem contar os dados subnotificados, ou seja, o número pode ser ainda maior.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, revelam que entre 2016 e 2021, houve um aumento de 49,3% em taxas de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos e de 45% na faixa daqueles que têm entre 10 e 14 anos de idade. Além disso, as taxas entre homens costumam ser mais altas, sendo 12,6% por cada 100 mil em comparação com as mulheres, com 5,4 por cada 100 mil.
Além disso, as taxas de suicídio entre os homens costumam ser mais altas nos países de alta renda, sendo 16,6% por cada 100 mil e para as mulheres, as taxas são encontradas nos países de baixa e média renda, sendo 7,1% por cada 100 mil, o que reitera a classificação do suicídio como problema de saúde pública e reforça a importância de se discutir o assunto.
Acesse este link e confira uma cartilha com outras informações importantes sobre o tema.