Professor Fábio Guedes abriu o ano letivo do programa em Letras e Literatura falando a respeito de internacionalização
Naísia Xavier – texto
João Monteiro – fotos
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), professor Fábio Guedes, foi convidado para proferir aula magna de abertura do novo ciclo do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas (PPGLL Fale Ufal), nesta segunda-feira (18).
A “Internacionalização na pós-graduação: desafios e perspectivas” foi o tema da palestra do gestor da Fapeal, inserida na programação como parte do “II Seminário Linguagem, Produção e Circulação do Conhecimento Científico”, realizado pela Fale, como forma de integrar os novos mestrandos e doutorandos ao PPG, que poderão contar com até sete novas bolsas da Fapeal para este novo ciclo, fora as que já se encontram vigentes.
A previsão é que sejam concedidas mais três bolsas de mestrado, por até 24 meses e outras quatro de doutorado, por até 48 meses, num investimento de mais de R$746 mil, exclusivamente com recursos do Governo de Alagoas.
“A Fapeal tem sido uma grande parceira, com bolsas e com financiamento ao nosso periódico científico, a Revista Leitura, aos projetos individuais de pesquisa dos docentes e aos projetos de iniciação científica”, comentou a coordenadora do PPG, professora Débora Massmann.
A questão de internacionalização é uma pauta importante por se tratar do maior desafio para os programas de pós-graduação da Ufal, quanto aos critérios que são cobrados pelo Ministério da Educação, em cada uma das avaliações quadrienais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que atribui conceitos individualmente a todos os PPGs do Brasil.
Essa nota tem impacto direto tanto na continuidade, ou não, da existência de um programa de pós-graduação, quanto na quantidade de recursos financeiros e demais auxílios concedidos pelo Governo Federal.
O PPGLL da Ufal passou da nota 3 para a 4 na avaliação mais recente, que abarcou o quadriênio 2017-2020, divulgada em setembro de 2022, quando 44% dos programas alagoanos à época (22 ao todo, naquele momento) subiram de conceito. A nota máxima possível é a sete. O PPGLL é o único da área em Alagoas, e já possui abrangência regional, pois forma mestres e doutores que vêm de outros estados, ou passam a atuar fora daqui.
“Nas últimas duas décadas ampliamos e descentralizamos os PPGs no país inteiro, com uma distribuição muito mais equitativa, mostrando um grande crescimento no Nordeste, onde todos os estados ampliaram os seus programas e, sobretudo na década de 2000, uma grande expansão das universidades e da formação de mestres e doutores”, explicou o gestor.
O professor Fábio Guedes definiu o desempenho da pós-graduação alagoana quanto à expansão e descentralização como espetacular. “O desafio da internacionalização é justamente no contexto desses cursos que subiram para nota 5”, explicou. No entanto, para subir ou manter os bons resultados atuais da Capes, todos os PPgs de Alagoas precisam demonstrar compromisso de avanço com o critério de internacionalização.
O critério de internacionalização é particularmente pertinente ao PPGLL dada à existência de três graduações em Língua Estrangeira (Letras Inglês, Letras Espanhol e Letras Francês), bem como suas respectivas casas de cultura, além da emissão de certificados de proficiência aceitos no Brasil e no exterior.
Dando seguimento a sua fala, o professor Fábio Guedes apresentou alguns dos grandes desafios e hipóteses sobre os primeiros passos, na prática, para abrir esses caminhos internacionais como, por exemplo, visita a embaixadas de países que possam ter interesse em enviar estudantes à Ufal e a promoção dos atrativos locais: “O processo de descentralização tem qualidade de vida como um dos fatores. Além disso, temos uma instituição grande e uma rede de pesquisadores nordestina muito forte, e as pessoas querem se engajar nisso”, pontou Fábio Guedes.
Na ocasião, também participaram da mesa de abertura a diretora da Faculdade de Letras, professora Rita Souto Maior, e o assessor de Relações Internacionais da Ufal, professor Niraldo Farias. O Seminário da Fale prossegue com atividades científicas e institucionais até esta sexta, dia 22.
