Em três episódios, programa entrou na onda da desinformação sobre a doença para realizar prestação de serviço aos espectadores
Deriky Pereira
No primeiro episódio, exibido no dia 6, os apresentadores se debruçaram em uma mistura cujos ingredientes parecem um pouco peculiares para se tomar como um suco: maçã, laranja, limão e… Inhame! Sim, o tubérculo foi envolvido em mais uma corrente que verbalizava o seu uso como relevante na combinação para trazer a cura, pois aumentava a plaquetas e reativaria o bem-estar.
No entanto, a corrente é falsa, pois apesar de os alimentos terem, sim, vitaminas antioxidantes, proteínas, carboidratos e outros micronutrientes, mas isso não significa que tenham papel terapêutico na Dengue. Quer saber mais? Clique aqui e confira o programa completo.
Café, vela, cravo e mais
No segundo episódio, levado ao ar no último dia 13, outras desinformações foram desmentidas pelo programa. Uma delas envolvia o uso da borra de café como armadilha para o mosquito. No entanto, a bióloga da Fiocruz, Rafaela Vieira, alertou que o pó do café não tem padrão químico eficaz para afastar o Aedes aegypti.
E mais: começou a circular pela Internet que o uso de um repelente caseiro, com limão, cravo e vela para agir no ambiente serviria para impedir a chegada do mosquito. Mas o efeito dos repelentes se dá apenas na pele humana, já que a substância altera o cheiro do corpo, confunde o mosquito e não deixa que eles se aproximem. Clique aqui e confira o programa completo.
Jardim para afastar pernilongos?
No episódio final, levado ao ar na segunda (20), o Minutos da Ciência se debruçou em meio a um jardim que serviria para afastar pernilongos. Porém, não há comprovação científica de que os aromas das plantas ofereçam proteção contra o mosquito e que produtos considerados naturais não têm ação prolongada para tal proteção.
A aposta dos internautas não tão bem intencionados também chegou a uma nova mistura curiosa: sal na água do pratinho de planta ou chá da folha de mamão. No entanto, os pesquisadores entrevistados alertaram que medidas como essas podem causar efeito contrário, trazendo outros riscos à população exposta, pois não possuem evidências científicas de sua veracidade. Veja o programa completo aqui.
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