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Minutos da Ciência conta como seriam as marés se a Terra tivesse duas luas

Cidades litorâneas, como Maceió, não se beneficiariam muito dessa situação, entenda conosco

Deriky Pereira

Como seriam as marés se existissem duas luas na Terra? Esse foi o questionamento que abriu a edição de número 220 do Minutos da Ciência, publicada nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista na última sexta-feira (23). No programa, os apresentadores saíram do estúdio e tiveram como locações o Marco dos Corais, na Ponta Verde, e a praia de Jatiúca, em Maceió.

A resposta, no entanto, é curiosa: Depende! “Do tamanho, da distância e de outras coisas sobre a Lua, bem como sobre a maneira como a Terra a adquiriu”, explicou a apresentadora Eloísa Ferreira. Isso se dá pelo fato de que algumas luas são geradas a partir dos detritos de uma colisão entre dois corpos celestes maiores e outras são bolas grandes de pedra que flutuam órfãs pelo espaço e são capturadas pela atração gravitacional de um planeta.

 

No livro What if the Earth had two moons, o astrônomo Neil Comins traz um relato imaginário e detalhado de como a Terra teria obtido o satélite orginalmente e do que teria sido diferente na história do nosso planeta por causa de sua presença. “A essa distância, a lua extra ocuparia uma área quatro vezes maior no céu – e iluminaria o céu noturno de forma que seria possível ler à noite sem luz artificial”, complementou Eloísa.

Para tanto, Comins também fez um cálculo e descobriu que as marés seriam 6,3 vezes maiores do que hoje. Além disso, o fluxo redobrado de água para lá e para cá aumentaria a erosão dos litorais e acentuaria a pororoca. E cidades litorâneas também não durariam muito, já que ruas e construções mais próximas da água estariam fadadas ao desmanche na proporção que o mar degastasse a praia.

Clique aqui e confira o programa na íntegra.