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O Jogador, de Dostoiévski, é a dica de agosto da coluna Bora Ler

Episódio foi gravado no Parque Linear do Cigano, revitalizado pelo programa Vida Nova nas Grotas, do Governo de Alagoas

Deriky Pereira

Livro cheio de mistérios, reviravoltas e perfeito para conhecer o texto de Fiódor Dostoiévski, “O Jogador” foi a obra escolhida por Manoella Neves como dica deste mês de agosto da coluna Bora Ler. Para tanto, o episódio gravado na última segunda (26), teve como locação o Parque Linear do Cigano, situado no bairro de Mangabeiras, em Maceió, que fora revitalizado pelo programa Vida Nova nas Grotas, do Governo de Alagoas, que conta com alguns elementos relacionados ao tema do livro, o que reforçou a importância da escolha como locação.

Segundo Manoella, a história é ambientada em uma cidade da Alemanha, que tem um nome interessante, Rollettemburg, conhecida por suas fontes de águas medicinais e por seus cassinos – como o próprio nome sugere. Além disso, o livro é escrito em forma de diário, pelo protagonista Aleksei Ivánovitch, um jovem professor a serviço de uma família que está passando um tempo na cidade dos cassinos.

“Ivánovitch tem um senso crítico aguçado em relação ao mundo que o rodeia, mas apresenta uma compulsão pelo jogo. Por conta disso, Ivánovitch vê sua dignidade e honra levadas pelos jogos de azar. Indico este livro como um excelente romance de teor psicológico e especialmente para quem não quer começar a ler alguma obra de Dostoiévski por suas obras de maior volume”, explicou a colunista.

Curiosidades sobre o livro

Ainda no mesmo episódio, Manoella Neves destacou um espaço para apresentar algumas curiosidades sobre a produção do livro. Uma delas é que Fiódor Dostoiévski trabalhava para um editor inescrupuloso que lhe impôs um contrato de trabalho absurdo: ele teria pouco tempo para a produção de uma obra com um número elevado de páginas. Se ele não cumprisse, perderia os direitos autorais de todos os seus livros já publicados. Mas como ele não brinca em serviço, conseguiu finalizar o livro em pouco mais de 20 dias.

“Para terminar a tempo, contratou uma estenógrafa que registraria o que ele narrasse. A estenografa é Ana Grigorievna com que depois viveu um romance e se casou. No dia da entrega, porém, o editor desapareceu, com o intuito de despojar Dostó de sua propriedade literária. Aconselhado por Ana, ele foi à Polícia, entregou os manuscritos e pediu recibo em que se declarava o dia e a hora da entrega e assim de nada valeu a artimanha do editor”, completou Manoella.

Clique aqui e confira o episódio na íntegra.