Junto com a aceleradora Neo Ventures, fundação esclareceu dúvidas sobre inovação
Naísia Xavier – texto
João Monteiro – fotos
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a aceleradora mineira Neo Ventures divulgaram nesta quarta-feira (21), no Centro Universitário Maceió (Unima Afya), o Edital Startup NE. O edital, que destina até R$1,5 milhão para projetos inovadores, é uma parceria com o Sebrae e com a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti).
Graduandos dos cursos de Ciências da Computação, Administração e Engenharia Mecatrônica lotaram o auditório para receber explicações sobre os principais conceitos dos processos de inovação, fundamentais para compreensão do edital.
“Se a sua empresa tem um produto ou processo inovador, ela pode ser, sim, uma startup”, explicou Pollyanna Martins, colaboradora da assessoria de inovação e projetos especiais da Fapeal e mestra em propriedade intelectual e transferência de tecnologia.
Mas não para por aí. A Fapeal está facilitando a organização de oficinas públicas, sem custos, para quem estiver interessado em submeter uma proposta de projeto inovador, mas que ainda precisa de mais orientações. Basta escrever para acpei.fapeal@gmail.com.
Um dos motivos é que as inscrições do edital Startup NE também contemplam pessoas físicas. Quem for adiante na seleção vai contar com auxílio gratuito do Sebrae Alagoas no passo a passo para abrir uma empresa.
Entre os docentes presentes, o professor Victor Brunno, do curso de Engenharia Mecatrônica, especialista em automação residencial, ressaltou a diferença que uma oportunidade de financiamento pode fazer num projeto de inovação.
“Em muitos projetos, há certo impacto financeiro na hora de evoluir, e quando vem um fomento desses, a gente consegue realizar processos desses projetos, passar adiante as fases. Possibilidade de criar o MVP, e de ganhar dinheiro também, de incentivar o aluno, de trazer projetos de fora para dentro da universidade, que é uma coisa que eu sentia um pouquinho de falta”, reflete.
O professor Ícaro Ferreira, também do curso de Engenharia Mecatrônica, especialista em análise e desenvolvimento de programas, destaca mais um viés da oportunidade:
“Muitos alunos reclamam em relação ao mercado de trabalho. E um desses vieses, que a gente recomenda muito a eles é esse: se não tem mercado, abra a sua própria porta, e um edital como esses faz com que os alunos em si consigam abrir a própria porta e, além do mais, não ficar só mundo da teoria, e sim aproveitar esses conteúdos que são dados em sala de aula, e botar em prática; isso é cada vez mais presente. E, pelo fato de ter mentores, eles conseguem ter a noção de como funciona na vida real”, observou o engenheiro.
Já para Wanessa Costa, estudante de Ciências da Computação, o aspecto mais interessante é o networking. “Formar contatos, porque a gente vai conhecer pessoas que trabalham no ramo, pessoas que, mesmo que a gente não ganhe, pode ser que se interessem pelo projeto. É uma forma de, mais para a frente, levar adiante, mesmo. Toda experiência é válida”, afirma a aluna.