Terceiro episódio da série especial sobre Alimentação Cardioprotetora abre o jogo sobre hábitos de vida e alerta para o risco de ambos os eventos
Deriky Pereira
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Posso ter um infarto ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC) se eu me alimentar mal? Se você já se questionou sobre isso, não deve deixar de acompanhar a edição de número 227 do Minutos da Ciência, publicado na última terça-feira (17) nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista. No programa, que exibiu o terceiro episódio da série especial sobre Alimentação Cardioprotetora, a professora Sandra Mary Vasconcelos, da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) respondeu ao questionamento e mais: trouxe alertas sobre os hábitos de vida da sociedade.
“Não é só o que você come que vai determinar um infarto ou um derrame. Existem outros fatores, que a gente chama de ‘fatores de risco’, tais como: uma alimentação inadequada com alimentos ricos em gordura, em sal e açúcar e etc.; a falta de atividade física, excesso de peso ou obesidade, o acúmulo de gordura na região abdominal – que necessariamente não significa que você é obeso, mas só o fato de ter esse acúmulo já é um fator de risco importante”, contou Sandra Mary.
A pesquisadora também alertou para a questão hereditária em relação aos eventos. “Se você tem um parente de primeiro grau, ou seja, o pai ou a mãe, que é hipertenso, a chance de ter um infarto ou derrame é maior. Se tem os dois, maior ainda. Esse componente familiar é forte, assim como outros componentes ambientais – como os citados acima – e esses fatores de risco não-modificáveis somados aos hábitos de vida inadequados podem fazer com que você tenha, sim, um infarto ou um AVC”, frisou.
Mas ela também alertou para os hábitos inadequados. Clique aqui e acompanhe o programa na íntegra.
Episódio anterior
No segundo episódio da série, levado ao ar na terça (10), a pesquisadora revelou se a Alimentação Cardioprotetora é apenas para quem teve infarto ou AVC. E ela cravou: não só às pessoas que tiveram um desses eventos, mas a todas que têm fatores de risco cardiovasculares.
“São eles: o excesso de peso, o acúmulo de gordura abdominal, o sedentarismo – que é uma questão muito importante pra gente combater na perspectiva de prevenir doenças cardiovasculares – e se o indivíduo for hipertenso ou ter diabetes precisa fazer o acompanhamento nas suas unidades de saúde com o profissional que vai orientar quanto aos exames e a questão da medicação adequada”, explicou Sandra.
O programa também destacou o fato de algumas pessoas conseguirem retomar suas atividades normais após passarem por eventos como infarto ou derrame enquanto outros podem ter sequelas. Pensando nisso, a professora listou alguns dos motivos que reforçam a importância de se adotar a Alimentação Cardioprotetora como dieta na rotina das pessoas. Clique aqui e assista.
O que é Alimentação Cardioprotetora?
Já no primeiro episódio, que abriu o mês de setembro – mês de conscientização sobre doenças cardiovasculares – a pesquisadora fez uma breve introdução sobre o significado do termo Alimentação Cardioprotetora ao dizer que consiste em uma proposta de dieta organizada e com predominância em alimentos que visam proteger o coração.
“Essa organização [dos alimentos] é feita considerando as cores da bandeira do Brasil, ou seja, os alimentos do grupo verde – a parte onde a cor é maior; em menor quantidade, os alimentos do grupo amarelo e em menor quantidade ainda, os do grupo azul. No grupo amarelo, predominam alimentos como cereais, pães não-processados e no grupo azul, por exemplo, predominam as carnes frescas, não aquelas que sejam processadas”, explicou a professora Sandra Mary Vasconcelos.
Clique aqui e veja como foi.