Água Branca liderou o ranking com mais de 180 dias; Maceió aparece na lista, mas com apenas 51
Deriky Pereira
Quais foram as cidades de Alagoas que viveram calor extremo em 2024? Essa foi a pergunta que abriu a edição de número 276 do Minutos da Ciência, publicado nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista na sexta-feira (28). O programa, gravado totalmente em ambiente externo, mais precisamente na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió, revelou também que janeiro deste ano foi o mês mais quente da história: ele terminou 1,75 graus mais quente do que as temperaturas de janeiro do final do século 19.
Especialistas apontam que isso é um alerta que reforça: estamos caminhando para um planeta cada vez mais quente. No entanto, para janeiro passado o esperado era outra coisa por estarmos durante o La Niña, que resfria a água dos oceanos e tende a reduzir as temperaturas no planeta. Mas, de acordo com o observatório europeu Copernicus, isso não foi suficiente para diminuir a onda de calor, pelo contrário: ainda existe a preocupação que o mundo atinja um novo recorde.
“Especialistas afirmam também que esse calor acima do esperado se dá pelo aumento da emissão de gases do efeito estufa, responsáveis por causar o aquecimento global. Esses gases, como o dióxido de carbono, fazem parte do dia a dia do mundo e de operações que são pilares da economia, o que torna tudo mais difícil”, reforçaram as apresentadoras Eloísa Ferreira e Tárcila Cabral.
O calor é tanto que em 2024 mais de 6 milhões de brasileiros enfrentaram pelo menos 150 dias de calor extremo no ano que foi considerado o mais quente da história. Em Alagoas, não foi diferente, inclusive o estado ficou em 5º lugar no ranking feito pelo g1 em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres e dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
No levantamento, para cada dia do ano foi calculado um valor limite de temperatura e, com isso, foram analisados dados da série história entre 2000 e 2024. O resultado mostrou o total de dias em 2024 que superaram os mais altos vistos na série histórica, o que configura um extremo de calor e o índice é o mesmo usado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.
Água Branca foi a cidade com mais dias de calor extremo no estado, com um total de 184, com temperatura máxima de 39 graus. Mata Grande teve 171 dias, seguida por Pariconha com 169 e Inhapi com 167 dias. Olho d’Água do Casado teve 161 dias e Delmiro Gouveia, 160. A capital, Maceió, teve 51 dias, com máxima registrada de 36 graus.
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