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Minutos da Ciência revela como obter mais informações sobre Alimentação Cardioprotetora

Último episódio da série especial mostra ao público que existem dois documentos disponíveis gratuitamente sobre o tema

Deriky Pereira

A docente Sandra Mary Vasconcelos

Como obter mais informações sobre Alimentação Cardioprotetora? Essa é a pergunta que norteia o último episódio da série especial exibida pelo Minutos da Ciência durante todo este mês de setembro. E neste programa, a professora e pesquisadora da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Sandra Mary Vasconcelos, traz a resposta: existem dois documentos disponíveis, produzidos pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, que podem ser encontrados facilmente com uma busca na Internet.

“É só pesquisar por alimentação cardioprotetora ou dieta cardioprotetora e aí você vai encontrar a cartilha que vai explicar como distribuir os alimentos dos grupos verde, azul e amarelo nas refeições. Além disso, ela chama atenção para que você não utilize os alimentos ultraprocessados e é um documento muito ilustrativo e bem bacana de ler, com fácil compreensão”, explicou a docente, ao alertar que a cartilha é um documento de venda proibida.

Além da cartilha acessível à população, a pesquisadora listou que também existe documento voltado aos profissionais de saúde. “É um Manual que, naturalmente, tem um conteúdo mais extenso, mas também tem fácil leitura. E nada impede que qualquer pessoa leia e conheça. O mais importante é que as pessoas saibam tomar suas decisões nas escolhas alimentares”, complementou Sandra Mary Vasconcelos.

Clique aqui e confira o último episódio da série especial sobre Alimentação Cardioprotetora.

Outros episódios

No episódio levado ao ar na última terça (17), Sandra Mary Vasconcelos explicou aos espectadores se era por causa de uma má alimentação que as pessoas poderiam ser vitimadas com eventos como infarto ou Acidente Vasculares Cerebrais (AVCs) e mais: trouxe alertas sobre os hábitos de vida da sociedade.

“Não é só o que você come que vai determinar um infarto ou um derrame. Existem outros fatores, que a gente chama de ‘fatores de risco’, tais como: uma alimentação inadequada com alimentos ricos em gordura, em sal e açúcar e etc.; a falta de atividade física, excesso de peso ou obesidade, o acúmulo de gordura na região abdominal – que necessariamente não significa que você é obeso, mas só o fato de ter esse acúmulo já é um fator de risco importante”, contou.

A pesquisadora também alertou para a questão hereditária em relação aos eventos. “Se você tem um parente de primeiro grau, ou seja, o pai ou a mãe, que é hipertenso, a chance de ter um infarto ou derrame é maior. Se tem os dois, maior ainda. Esse componente familiar é forte, assim como outros componentes ambientais – como os citados acima – e esses fatores de risco não-modificáveis somados aos hábitos de vida inadequados podem fazer com que você tenha, sim, um infarto ou um AVC”, frisou Sandra.

Além disso, ela também alertou para os hábitos inadequados. Clique aqui e acompanhe na íntegra.

Dieta apenas para quem teve infarto ou derrame?

No segundo episódio da série, levado ao ar na terça (10), a pesquisadora revelou se a Alimentação Cardioprotetora é apenas para quem teve infarto ou AVC. E ela cravou: não só às pessoas que tiveram um desses eventos, mas a todas que têm fatores de risco cardiovasculares.

“São eles: o excesso de peso, o acúmulo de gordura abdominal, o sedentarismo – que é uma questão muito importante pra gente combater na perspectiva de prevenir doenças cardiovasculares – e se o indivíduo for hipertenso ou ter diabetes precisa fazer o acompanhamento nas suas unidades de saúde com o profissional que vai orientar quanto aos exames e a questão da medicação adequada”, explicou Sandra.

O programa também destacou o fato de algumas pessoas conseguirem retomar suas atividades normais após passarem por eventos como infarto ou derrame enquanto outros podem ter sequelas. Pensando nisso, a professora listou alguns dos motivos que reforçam a importância de se adotar a Alimentação Cardioprotetora como dieta na rotina das pessoas. Clique aqui e assista.

O que é Alimentação Cardioprotetora?

Já no primeiro episódio, que abriu o mês de setembro – mês de conscientização sobre doenças cardiovasculares – a pesquisadora fez uma breve introdução sobre o significado do termo Alimentação Cardioprotetora ao dizer que consiste em uma proposta de dieta organizada e com predominância em alimentos que visam proteger o coração.

“Essa organização [dos alimentos] é feita considerando as cores da bandeira do Brasil, ou seja, os alimentos do grupo verde – a parte onde a cor é maior; em menor quantidade, os alimentos do grupo amarelo e em menor quantidade ainda, os do grupo azul. No grupo amarelo, predominam alimentos como cereais, pães não-processados e no grupo azul, por exemplo, predominam as carnes frescas, não aquelas que sejam processadas”, explicou a professora Sandra Mary Vasconcelos.

Clique aqui e veja como foi.