Pesquisa publicada na revista Lancet indica que número de casos de câncer de próstata pode duplicar até 2040
Deriky Pereira
O número de casos de câncer de próstata deve aumentar bastante nos próximos anos. É o que indica uma projeção publicada na revista Lancet no primeiro semestre de 2024. O dado chama atenção ao destacar que o número pode duplicar comparando o ano de 2020 com o ano de 2040. Pensando nisso, o Minutos da Ciência apresenta detalhes desse assunto e formas de conscientização da campanha Novembro Azul. Clique aqui e assista.
Neste ano, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta para os riscos de crescimento dos casos de câncer de próstata em todo o mundo. Segundo o órgão e o Ministério da Saúde, a doença matou 17 mil homens no Brasil no ano passado, o que equivale a uma média de 47 por dia. Mas os dados publicados pela Lancet trazem projeções que alertam: até 2040 os casos podem duplicar.
“Em 2020, segundo o periódico, os dados contabilizavam 1,4 milhão de casos e o número deve saltar para 2,9 milhões em 2040 por conta do aumento da expectativa de vida global. Além disso, também existe a previsão do aumento no número de mortes: de 375 mil em 2020 para 694 mil em 2040, um crescimento de 85%”, explicam os apresentadores.
Por isso, o Minutos da Ciência alerta também sobre o preconceito em torno da doença e, consequentemente, do exame de toque retal, o mais recomendado para a investigação e possível detecção do câncer de próstata. Essa detecção, inclusive, pode ser feita em homens com ou sem sintomas – neste caso, o público-alvo é quem tem maior chance de desenvolver a doença.
Se a detecção for feita inicialmente, a chance de cura é maior, pois no início ele pode não apresentar sintomas. Mas quando há, os mais comuns são a dificuldade de urinar, sangue na urina, diminuição do jato da urina, além da vontade de urinar com frequência durante o dia ou durante a noite.
Já o tratamento, segundo a SBU, varia de acordo com o estágio da doença, com as condições clínicas e o que o paciente desejar fazer. Mas opções como cirurgia, radioterapia, vigilância ativa (acompanhamento do tumor), hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos são algumas apresentadas ao paciente quando este contrai a doença.
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