Encontro antecede preparação do Edital do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS)
O que o mapeamento por meio de GPS do atendimento realizado pelo Samu, o efeito das queimadas da cana-de-açúcar, o perfil alimentar e nutricional de uma aldeia indígena e a erradicação da filariose em Maceió têm em comum? O fato de que todos esses temas foram pesquisados no âmbito do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com os Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do CNPq.
E foi para buscar a continuidade do PPSUS em Alagoas que o presidente da Fapeal, Fábio Guedes, e a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, estiveram reunidos na última segunda-feira (20), na Sesau, além de discutirem questões de gestão e articulação.
A próxima oficina que elegerá os temas prioritários a serem pesquisados deve acontecer em setembro, reunindo especialistas, pesquisadores e técnicos da área pública da saúde, quando serão discutidos e escolhidos os temas dos projetos a serem aceitos no próximo edital.
Na ocasião, Guedes informou à secretária que a Fundação já encaminhou carta de intenção de continuidade do programa para o CNPq, e recebeu a confirmação da Sesau de que o programa continua sendo seu carro-chefe da área de ciência e tecnologia em Alagoas. Outro ponto frisado pelos gestores foi o interesse já demonstrado pelas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas da capital e do interior em participar da próxima edição do programa.
Segundo o presidente da Fapeal, o programa deve manter seu diferencial de atender às necessidades do Estado, não ficando somente restrito ao âmbito da pesquisa acadêmica. “Um programa assim é estratégico para Alagoas, porque aqui ainda há muita carência em pesquisa de campo”, observa.
Efeitos práticos
O foco do PPSUS é financiar pesquisas em temas prioritários para a saúde da população brasileira, através de projetos que atendam e desenvolvam as políticas do Sistema Único de Saúde do Brasil, num modelo de gestão compartilhada em saúde, visando atender as peculiaridades e especificidades de cada estado.
Na seleção do programa, os pesquisadores são orientados a manter o foco da produção de conhecimento em sua aplicabilidade na saúde pública. Na conclusão das pesquisas, os resultados são apresentados a gestores e profissionais da Sesau, que podem incorporar boas práticas cientificamente testadas e os resultados mais inovadores aos serviços oferecidos à população.
Também participaram da reunião, a Coordenadora de Projetos Especiais da Fapeal, Juliana Khalili, e a gerente de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde da Sesau, Fátima Lima, acompanhada de sua equipe técnica.