Em oficina, pesquisadores pontuaram atenção às políticas de saúde pública
A Oficina de Prioridades do Programa de Pesquisas para o SUS foi concluída nesta quinta (10), definindo as linhas de pesquisa que serão abordadas no próximo edital, a ser lançado no primeiro semestre de 2016.
O consultor técnico do Ministério da Saúde, Augusto Barbosa Júnior, após a plenária final dos cinco grupos de trabalho que definiram temas de estudos de acordo com as necessidades apresentadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), observou que esta próxima chamada pública do PPSUS em Alagoas estará enfaticamente focada no sistema SUS e nos serviços de saúde em si: “As linhas de pesquisa que vão para a próxima edição são muito mais voltadas para gestão e para modificação de políticas de saúde pública, então eu acredito que as propostas que nós vamos receber têm uma potencialidade muito grande de virem a ser incorporadas no atendimento e melhorarem a qualidade de vida no Estado”, analisa.
Dentre os temas que saíram da oficina, foram citados o uso de tecnologias em cuidados de saúde mental, medicamentos apiterápicos (produzidos com fármacos isolados a partir de substâncias de abelhas) e atenção a idosos. Mais um exemplo foi salientado pela gerente de Ciência e Tecnologia da Sesau, Fátima Lima “fico encantada em ver saindo daqui eixos que tratam da população em situação de rua, por exemplo. Há algum tempo atrás, não se falava disso no SUS. Acho que essa edição 2015-2016 vai fazer diferença”.
Participação
Para Juliana Khalili, gerente de Projetos Especiais e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), a grande adesão do público-alvo fez a diferença este ano.
Foram duzentos inscritos, entre pesquisadores acadêmicos e gestores públicos de saúde estaduais e municipais: “Tenho certeza que no próximo ano teremos uma demanda qualificada para o edital, com boas propostas que atendam aos problemas do estado e preencham as lacunas de conhecimento que há SUS em Alagoas”.
Tanto pesquisadores experientes quanto estudantes em iniciação científica contribuíram para o evento. Para Luciana Mendonça, do 3º ano do curso de Biologia da Universidade Federal de Alagoas, “é interessante participar de um evento como este tanto como estudante de ciências biológicas que se preocupa com pesquisas em saúde quanto como cidadã, mostrando o que eu sinto como alagoana que o estado precisa em termos de saúde”, explicou.