Texto e Fotos: Tárcila Cabral e Naísia Xavier
Inovação. Este é um dos caminhos a serem trilhados pelos projetos especiais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) em 2016. O ano de 2015 aproximou o setor de pesquisa e o Governo. Agora, as perspectivas visam direcionar a academia para colaborar com áreas estratégicas do empreendedorismo alagoano.
Representantes de incubadoras atuantes no Estado reuniram-se nesta sexta-feira (3), com gestores da Fapeal para traçar e elaborar uma agenda de demandas ao cenário empresarial. Foram recebidos representantes da academia e do Sistema de Inovação local.
O diretor executivo de ciência e tecnologia da Fapeal, João Vicente Lima, apresentou o trabalho atualmente exercido pela fundação no âmbito de inovação, apontando editais como o Tecnova, que apoia micro e pequenas empresas de caráter tecnológico. No momento, a gestão visa expandir essas ações, prospectando recursos para o fortalecimento e progresso das incubadoras locais por meio de uma chamada específica para este fim.
Incubadoras
Na ocasião, houve a apresentação das organizações para embasar o futuro edital, que contou com as presenças da Incubadora de Laticínios de Alagoas (Incla), que apoia as empresas de agropecuária na produção do leite e seus derivados e tem base no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); da Incubal, que é assistida por aparatos e profissionais da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e estimula a criação de empresas que ofereçam produtos ou serviços tecnologicamente inovadores; da Unidade Incubadora Empresarial Tradicional e Tecnológica (Unitec), amparada pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), que disponibiliza soluções por ferramentas de gestão e tecnologia, facilitando projetos direcionados à saúde; e por fim a Incubadora Empresarial Tecnológica (IET), mantida pelo Centro de Estudo Superior de Maceió (Cesmac), que possui um programa voltado ao desenvolvimento de novos negócios com serviços munidos por diferenciais competitivos.
Os grupos discutiram pontos exercidos pelas equipes em qualificação, assessoria e consultoria, parcerias e dificuldades enfrentadas no exercício, propondo elencar um planejamento sistemático, preocupando-se especialmente em sanar as lacunas por parte do envolvimento da empresa no processo de incubação, da instrução dos assistidos, e de trabalho especializado em consultorias exclusivas, além de analisar o alagoano para amparar o agronegócio e serviços de tecnologia da informação.
A estruturação do campo inovador requer fomento, já que isto representa uma carência estadual. A Fapeal, reconhecendo esta necessidade, iniciou a metodologia para a implantação de um edital voltado ao apoio sistemático em transferência de tecnologia e consolidação de empresas. Para tanto, os gestores contam com uma programação diversa, dotada por modelos avançados e substanciais em todo o país, com o intermédio também de profissionais técnicos e consultores especialistas.
Empresas
“Este evento nos dará insumos para a construção de dois editais: um voltado às incubadoras e outro, que vincule os PPGs às empresas alagoanas, fomentando o desenvolvimento tecnológico e competitividade em nossa economia”, explicou Juliana Khalili, a assessora científica de projetos especiais e inovação da Fapeal.
As instituições de ensino superior discutiram ainda aspectos técnicos de uma chamada pública que possibilite alunos de mestrado e doutorado a desenvolverem projetos e produtos inovadores dentro de empresas.
Estiveram presentes representantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Sebrae, FIEA e IEL, representando o setor empresarial, além da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).