A discussão se voltou à temática das diversas formas de violência e qual o respaldo jurídico que a mulher encontra na lei e através dos aparatos do Governo do Estado
Tárcila Cabral
O mês de março vem provocando uma série de ações e discussões acerca da pauta feminina dentro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). Nesta sexta, 17/03, a iniciativa da Gerência de Valorização de Pessoas do órgão promoveu um momento de reflexão entre todos os seus colaboradores com o objetivo de discutir os diversos tipos de violência doméstica e o apoio jurídico aos quais as mulheres podem recorrer.
Com um quadro majoritariamente feminino, a Fundação não somente tem celebrado o profissionalismo deste grupo, mas também valorizado e oferecido encontros de diálogo e aprendizado. No dia 8 de março foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, entretanto para o órgão essas discussões devem ser perpetuadas durante todo o mês, seja através da coletânea de matérias com empreendedoras líderes, seja por intermédio de ações voltadas ao seu público interno.
No bate papo realizado nesta sexta, 17/03, a Gerência Executiva de Valorização de Pessoas (GEVP) convidou colaboradoras da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas (Semudh) para dialogar com o quadro da instituição. A finalidade era ampliar a visão para discussões mais profundas, observando-se os diversos tipos de violência e assédio, mas também celebrando as conquistas que as mulheres obtiveram.
“Esse momento foi pensado com muito carinho porque nós não queríamos que fosse apenas numa homenagem superficial, não que não seja importante, é muito bom comemorar, mas também pretendíamos começar a tratar de assuntos mais complexos e necessários. Por isso nós pensamos em parceiros que pudessem trazer ensinamentos e conhecimentos para melhorar a vida da mulher, lhe dar qualidade de vida, saúde e segurança”, frisou a Gerente Executiva de Valorização de Pessoas da Fapeal, Lília Aguiar.
A convite da Fapeal, a assistente social e a advogada da Semudh, Gabriele Quirino e Ana Carolina Aragua, respectivamente, estiveram presentes na ação. A dupla veio debater estes pontos relatando as tipificações das agressões, mas também discutindo de que maneira os temas podem ser abordados para amparar as mulheres e não julgá-las. O objetivo é acolher e possibilitar que outras não venham a passar pela mesma situação.
“Nós viemos conversar um pouco sobre a importância do combate a violência doméstica contra a mulher e discutir as formas em que elas ocorrem, porque muitas vezes nós desconhecemos os tipos, ou mesmo não sabemos que aquilo se caracteriza como uma. Esse nosso diálogo também visa fortalecer a relevância de apoiarmos umas as outras, porque essa luta é de todas nós e de todos nós principalmente”, pontuou a assistente social da Semudh, Gabriele Quirino.
O momento foi conduzido também pela advogada e palestrante, Ana Carolina Aragua, que instruiu juridicamente os colaboradores da Fapeal acerca do que preconiza a lei. O intuito é munir a todos e torná-los multiplicadores de conhecimentos, afinal a luta deve ser conjunta para denunciar atos criminosos que mereçam ser trazidos à luz da justiça.
“A gente traz esse combate à violência doméstica nas instituições, então abordamos as formas de denúncia e os aparatos do Governo do Estado com essa mulher, porque todas nós mulheres precisamos nos unir e também ensinar os homens a nos respeitar. Assim, o momento é muito significativo para que a gente possa trazer para dentro dos órgãos a luta, mas da mesma forma nos fortificar enquanto instituições, enquanto mulheres, enquanto mães e enquanto filhas”, frisou a advogada da Semudh, Ana Carolina Aragua.
O encontro foi finalizado com esta mensagem de apoio e empatia feminina, mas também incluindo um espaço para a descontração. Foram sorteados brindes e presentes para as colaboradoras da Fapeal, além da entrega de rosas e chocolates com o objetivo de concluir este diálogo de forma leve e bem humorada.
