Embaixador de Portugal no Brasil também fez parte da agenda de visitação a Alagoas
Naísia Xavier – texto
As ministras Luciana Santos, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do Brasil, e Elvira Fortunato, de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, acompanhadas pelo embaixador de Portugal, Luis Faro Ramos, cumpriram um dia inteiro de agenda voltada à pesquisa e à educação superior em Alagoas, nesta segunda-feira (2). Pela manhã, elas participaram de mesa redonda com o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, professor Fábio Guedes e com Mônica Cotta, presidente da Sociedade Brasileira de Materiais (SBPMat), num evento científico internacional SBR-Meeting, organizado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com apoio financeiro do Governo do Estado.
Os gestores discutiram sobre oportunidades de financiamento e cooperação científica entre os dois países, com uma plateia que, além de brasileiros e portugueses, foi composta também por químicos, físicos e engenheiros da Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Índia e Itália, em sua maioria.
Para o almoço, as ministras e o embaixador foram recebidos pelo governador Paulo Dantas e pelo Secretário de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (CT&I), Silvio Bulhões. Na ocasião, foi anunciado aporte de R$12,2 milhões para o próximo edital de inovação Secti/Fapeal, o Tecnova AL III, dos quais, R$10 milhões são do MCTI, através da Financiadora de Estudos e Projeto (Finep), e R$2 milhões de contrapartida em recursos exclusivamente do Governo de Alagoas.
A comitiva fez uma visita à sede da Fapeal, onde fica abrigado o Ponto de Presença de Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (PoP-AL RNP). Isto se deve ao anúncio de uma nova infovia para a internet acadêmica de alta velocidade em Alagoas, trazendo mais mil quilômetros de conectividade em banda larga para universidades de todo o estado, a partir de um investimento de R$8 milhões, anunciados por Luciana Santos.
“Para mim, é um prazer estar aqui nessa Fundação que é tão estratégica para a política de CT&I em Alagoas, ainda mais com seu histórico de tanta valentia e de tantas entregas. Então, fico feliz de saber que aqui, na condição de ministra, vou poder participar do maior programa de conectividade que a gente vai ter no estado de Alagoas, e saber que vai ser bem conduzido, porque vocês têm uma equipe competente, sob a liderança do professor Fábio, do Secretário Silvio e do Governador Paulo”, comentou a ministra Luciana Santos.
“Fico muito contente por ver o trabalho que está a ser feito, e o trabalho todo que foi feito. E gostei muito de assistir à cerimônia que ocorreu hoje aqui na presença do senhor governador, com o acordo para os novos projetos, mostrando que, para além das políticas que são feitas em nível nacional, há também um comprometimento de nível mais local, através do Estado, e que só assim, usando estas forças comuns, se pode colocar Alagoas lá bem em cima. Penso que o sucesso do Brasil passa pelo sucesso de Alagoas”, comentou a ministra Elvira Fortunado, cientista lusa especializada em nanoeletrônica de materiais.
A visita foi concluída no Centro de Inovação de Jaraguá (CIPT), espaço gerido pela Secti, onde funciona o primeiro co-working público 24 horas do Brasil, e um hub de empresas inovadoras alagoanas.
“O que queremos fazer do estado de Alagoas? Um sistema de Ciência e Tecnologia que atraia pessoas para estudar aqui, e não necessariamente a gente exportar gente; atrair para cá com bolsas e com um sistema de qualidade, e tendo a Fundação de Amparo à Pesquisa”, observou o economista Fábio Guedes, sobre as perspectivas para a ciência no estado.
Também participaram da visita à Fapeal o diretor geral da RNP Nelson Simões, o reitor da Ufal, professor Josealdo Tonholo e o reitor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), professor Carlos Guedes. Os anúncios da ministra, em presença do governador Paulo Dantas, no Museu Palácio Floriano Peixoto, também foram prestigiados pelo reitor e vice-reitora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde, professor Henrique Costa e professora Ilka Soares e pelo reitor da Universidade Estadual de Alagoas, professor Odilon Máximo.