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Fapeal participa do Simpósio Brasileiro de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais

O presidente da Fundação, Fábio Guedes, destacou o apoio do Governo de Alagoas à área da tecnologia e citou a criação do programa Mais Ciência Mais Futuro

Tárcila Cabral – Texto
João Monteiro – Fotos

Realizado em Maceió, o XXII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC) reúne, desde a noite desta segunda-feira (16), pesquisadores e profissionais da área tecnológica em volta de temas para além da cibernética, num ensejo de discutir a sensibilização, humanização e equidade dessas práticas. Na abertura do evento, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Fábio Guedes, destacou o compromisso do governador Paulo Dantas com esse segmento e o apoio a eventos de natureza científica e tecnológica.

Fábio Guedes Gomes

Guedes lembrou com entusiasmo os editais realizados durante a sua gestão à frente da Fapeal, voltados especificamente à realização de eventos científicos.

Segundo ele, ao longo dos últimos nove anos, a Fundação investiu 100 milhões em chamadas públicas de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), “Desde 2015, pelos menos 150 eventos foram realizados aqui, na área acadêmica, científica e tecnológica com o apoio da Fapeal, através de oito editais lançados somente para eventos. E, em abril deste ano, o governador Paulo Dantas lançou o programa Mais Ciência Mais Futuro, dobrando a aposta para os próximos quatro anos com um investimento de R$200 milhões. Metade disso é direcionada para bolsas de mestrado, doutorado, iniciação científica e pós-doutorado”, ressaltou Fábio Guedes.

Sobre o Simpósio

O IHC é um Simpósio de alto nível que reúne debates com grupos de estudo e especialistas acerca do melhor uso das ferramentas para se avançar nas demandas elencadas socialmente dentro do design e da acessibilidade. Este foi inclusive o tom da fala da Coordenadora da Comissão Especial de Interação Humano-Computador (CEIHC), Isabela Gasparini, que citou a importância de se ir além da inovação eletrônica para promover condições de bem-estar e equidade nas iniciativas computacionais.

Isabela Gasparini

“Nossa responsabilidade transcende o mero aperfeiçoamento tecnológico. Devemos lembrar que nossas criações têm um impacto real na sociedade e na vida das pessoas. Devemos nos esforçar para criar sistemas justos, transparentes e inclusivos. Devemos usar nossa habilidade e conhecimento para promover soluções que mitigam desigualdades e contribuem para o bem comum. Lembremos que somos parte de uma comunidade e o nosso trabalho é mais do que uma busca pela inovação, é um compromisso com a melhoria da condição humana”, frisou a coordenadora.

O Simpósio é um encontro itinerante, realizado em uma cidade diferente a cada ano, com o intuito de atingir todas as regiões e possibilitar a diversidade de participantes e o intercâmbio de conhecimentos. Este ano, em sua 22ª edição, o evento foi focado no tema “Tecendo as interfaces entre o físico e o virtual”, o que a coordenação entende como um desafio recente vivenciado após a pandemia da Covid-19.

Representando o reitor Josealdo Tonholo, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Magna Suzana, falou destacou a diversidade do público presente e a grande participação feminina numa área majoritariamente ocupada por homens. Além disso, a professora também elogiou a iniciativa do Instituto de Computação (IC Ufal), que se apresenta sempre na dianteira das atividades de seu escopo.

“Eu parabenizo a todos os envolvidos no evento e quero dizer como é importante para impulsionar as pesquisas e o networking que vocês vão fazer aqui nesses dias. Isso pode fomentar e atrair pessoas de outros estados a entrar nos nossos programas de pós-graduação para realizar pesquisas aqui no Instituto de Computação e de uma forma geral na Ufal, através de outros cursos”, completou a pró-reitora.

Ela completou sua fala saudando o diretor do IC da Ufal, Davi Bibiano, citando que o grupo é uma unidade atípica no que tange a talentos e produções acadêmicas.

O XXII IHC terá atividades até a próxima sexta (20), com programações envolvendo palestras nacionais e internacionais, minicursos, pôsteres, apresentações de pesquisas, workshops, premiações no encerramento.