Grupo de pesquisa apoiado pela Fapeal já desenvolveu 18 artigos científicos sobre o tema e concorre a prêmio em evento
A Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) lançou em 2015 uma chamada pública para o Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (PDCR), prospectando expertises em diversas áreas do conhecimento para Alagoas. Dentre os 20 projetos selecionados, encontra-se o estudo intitulado “Avaliação da pastagem e do desempenho animal suplementados com palma forrageira e feno da parte aérea da mandioca em época seca no agreste alagoano”.
O grupo de pesquisa deste projeto pertence ao curso de Zootecnia da Ufal de Arapiraca e tem se destacado pela capacidade de apresentar resultados em forma de artigos científicos: foram 18 ao todo. Seis deles haviam sido aprovados no maior evento de Zootecnia do país (ZOOTEC 2017), em Santos, SP, no mês de maio.
Agora, mais doze trabalhos científicos foram aceitos pelo Congresso Nordestino de Produção Animal (CNPA 2017), que vai acontecer na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro e Petrolina, BA. Um deles é finalista do Prêmio Jair de Araújo Marques para as melhores teses de mestrado e dissertações de doutorado apresentadas na ocasião. O assunto abordado é o rendimento de ovinos alimentados com a parte aérea da mandioca e palma forrageira, em substituição à grama Tifton.
“Isso engrandece a pesquisa, a tecnologia de Alagoas, envolve a participação e incentivo de inúmeros estudantes da Ufal e promove a fixação de pesquisadores no nosso Estado, ajudando no desenvolvimento e interiorização da pesquisa, na cidade de Arapiraca”, explica Mariah Tenório, coordenadora do projeto, enquanto pesquisadora PDCR, em parceria com o professor Dorgival Moraes de Lima Júnior, docente da Universidade Federal de Alagoas no município.
O diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, comenta que aprovar 12 trabalhos científicos em um congresso regional, fruto dos resultados das pesquisas, com apoio da Fapeal, atesta que a política pública nessa área segue firme e correta: “Ficamos com a certeza de que se produz ciência de alta qualidade em Alagoas e com reconhecimento nacional e internacional”, enfatiza o gestor.
Conteúdo científico no interior
Dentre os trabalhos do grupo, dois são fruto de uma parceria com o Centro Xingó de Convivência com o Semiárido (IABS – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade), onde foi desenvolvida uma pesquisa em área de Caatinga (na cidade de Piranhas), com criação de ruminantes. Os resultados obtidos serão comunicados aos produtores rurais através dos eventos “Dias de Campo”, a serem realizados na região semiárida de Alagoas.
“Produtores rurais já têm entrado em contato comigo para obter mais informações, pois a substituição do Tifton pela parte aérea da mandioca na dieta de pequenos ruminantes, melhora o desempenho dos animais, a qualidade da carcaça e incrementa o valor econômico do produto final”, explica Mariah Tenório.
O projeto atualmente envolve dois trabalhos de conclusão de curso (pois três já foram apresentados), um estudante de mestrado e um grupo de 22 estudantes de graduação envolvidos nas pesquisas que estão sendo executadas no Campus da Ufal em Arapiraca, com o apoio da Fapeal, através do PDCR.