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Fapeal e Ufal discutem qualidade da pós-graduação em Alagoas

Seminário de Avaliação durou dois dias e contou com a participação de 29 cursos, entre mestrados e doutorados

Campus A.C. Simões

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promoveram seminário de avaliação do último acordo de cooperação firmado com o Ministério da Educação, mais especificamente por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A cooperação torna possível investir recursos federais para a formação de mestres e doutores em Alagoas, além de manter e aperfeiçoar os programas de pós-graduação strictu sensu nas instituições públicas de ensino superior e pesquisa.

O evento foi realizado no Campus A.C Simões, nos dias 5 e 6. A reitora da Ufal, professora Valéria Correia, comentou que, na atual conjuntura de significativos cortes federais no orçamento para CT&I, “a Fapeal está na contramão do financiamento federal, porque a Fundação e o Governo do Estado têm priorizado, nesses últimos anos, o financiamento de pesquisas e bolsas e os eventos científicos, principalmente nas universidades públicas de Alagoas”.

Interação

A Fapeal convidou 31 programas de pós-graduação (PPGs) da Ufal a apresentarem seus resultados e 29 compareçam. Além da troca mútua de experiência entre as áreas do conhecimento, o evento também proporcionou a presença de três consultores de fora do estado, no papel de avaliadores e comentadores dos relatórios entregues especialmente à Fundação.

Norma Alcantâra

Para a professora Norma Alcântara, coordenadora da pós-graduação em Serviço Social, o momento foi muito além de comemorar a conquista da autorização da Capes para funcionamento do doutorado:

“Eu considero a ideia da Fapeal muito importante. Há diferenciações nas áreas, inclusive, de investimentos. Mas temos que olhar coletivamente para a pós-graduação da Universidade. Cada um cuida da sua particularidade, mas isso também é algo que tem que ser coletivamente cuidado. Ascender para outro nível de qualidade tem que ser algo em que todos se envolvam”, observa a pesquisadora.

Muitos resultados foram comemorados como, por exemplo, a criação de novos doutorados e a subida de alguns programas no conceito com que a Capes avalia os PPGS do país inteiro, numa escala de 3 a 7, já que as notas 1 e 2 significariam cancelamento da autorização do Ministério da Educação para os referidos programas.

Dentre as dificuldades, alguns pontos foram praticamente consenso entre todos os cursos: usar a Língua Inglesa para comunicação de resultados de pesquisa, principalmente na escrita de artigos, ainda é um freio na carreira dos pesquisadores de Alagoas, impactando de maneira coletiva. A falta de pessoal específico para substituir o tempo gasto pelos próprios cientistas com atividades burocráticas também foi uma reclamação frequente.

“Os pesquisadores podem estar seguros que as principais demandas que ouvimos aqui serão apresentadas ao Conselho Universitário da Ufal e levadas à discussão no Conselho Superior da Fapeal”, assegura o professor João Vicente Lima, diretor executivo de CT&I da Fapeal. O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Ufal, professor Alejandro Frery, também participou do evento na íntegra.